O jornal norte-americano “New York Times” posicionou-se contrário o impeachment da presidenta Dilma Rousseff e fez elogios à petista em relação a conduta que tem apresentado diante das investigações da Operação Lava Jato. A publicação foi divulgada nesta segunda-feira (17) no editoral do veículo.
O texto classifica como “admirável” o ato da presidenta de ter reconduzido o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que investiga as irregularidades que ocorreram na Petrobras.
“Ela (Dilma) não fez – o que é admirável – nenhum esforço para constranger ou influenciar as investigações. Ao contrário, ela tem consistentemente enfatizado que ninguém está acima da lei, e apoiou a renovação da gestão do atual procurador-geral da república, encarregado das investigações sobre a Petrobrás, Rodrigo Janot.
Sobre a tentativa de golpe contra a petista, o jornal mostrou apoio ao mandato e reforçou que “as investigações não encontram nenhuma evidência de ações ilegais de sua parte”.
“Não há nada que justifique o impeachment. Derrubar Dilma sem evidências concretas de corrupção causaria sérios danos à democracia que vem ganhando força nos últimos 30 anos, sem nenhuma contrapartida. E não há nada que sugira que nenhum dos líderes políticos que querem lhe tomar o lugar faria melhor do que ela em termos de política econômica”, informa o editorial.
O jornal ressalta que o país vive um período pleno de democracia nos últimos 30 anos e o direito democrático  pode ser prejudicado se Dilma Rousseff deixar o poder.
Na área econômica brasileira a publicação defende que não é destituindo a presidenta que o problema será resolvido.
“A solução não deve ser o término da instituição democrática que garante estabilidade, credibilidade e honesto de um governo”, diz o jornal.
Leia editoral na íntegra.
Por Michelle Chiappa,