Sete testemunhas prestaram depoimento na 50ª DP (Itaguaí) sobre a queda do ônibus da Viação Itaguaí do viaduto, conhecido como "tobogã", que deixou seis mortos e 34 feridos na noite de quarta-feira (7). De acordo com o delegado adjunto, Márcio Esteves, os passageiros relataram à polícia que o motorista não estava em alta velocidade.
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"Os depoimentos falam que o motorista vinha em uma velocidade razoável. Não houve nada. As pessoas ouviram um barulho e o motorista perdeu o controle", afirmou Esteves, acrescentando que a perícia no tacófrago do ônibus vai determinar a velocidade em que o veículo estava: "Quem vai determinar a alta velocidade é o tacógrafo que está sendo recolhido hoje [quinta] pela perícia de engenharia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli".
O laudo da perícia deve sair de 15 a 20 dias. Além disso, a polícia aguarda que as 19 vítimas ainda hospitalizadas recebam alta para serem ouvidas no inquérito que apura o caso.
Márcio Esteves disse que também pediu uma perícia complementar no viaduto e que solicitou ao Conselho Regional de Engenharia (Crea-RJ) uma visita de engenheiros para que seja emitido laudo técnico sobre o viaduto. "Se for comprovado [que havia erros de estrutura no viaduto] vamos encaminhar o caso ao Ministério Público.
Crea-RJ aponta irregularidades
Um especialista do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) esteve na manhã desta quinta-feira (8) no viaduto em que um ônibus caiu em Itaguaí, na quarta (7), deixando seis pessoas mortas e outras 34 feridas, e constatou irregularidades no local, como mostrou o RJTV. “Há várias falhas, principalmente no projeto, na concordância vertical, na falta de distância de visibilidade e no guarda corpo, que tem uma abertura muito grande, pela qual uma criança pode passar”, afirmou o engenheiro Antônio Eulálio, especialista em pontes e grande viadutos, após a vistoria.
Segundo ele, outro problema detectado no local é a falta de barreira lateral apropriada. “Se tivesse uma barreira com 80 centímetros, bem construída e ancorada na laje, ela resistiria a um choque de seis mil quilos, diferente dessa barreira que só resiste a 80 quilos”, afirmou Antônio.
De acordo com o especialista, para dar mais segurança ao viaduto é fundamental a criação de uma nova barreira, de uma proteção de tela e esticar os aterros de acesso, o que diminuiria a inclinação do viaduto.
Um especialista do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) esteve na manhã desta quinta-feira (8) no viaduto em que um ônibus caiu em Itaguaí, na quarta (7), deixando seis pessoas mortas e outras 34 feridas, e constatou irregularidades no local, como mostrou o RJTV. “Há várias falhas, principalmente no projeto, na concordância vertical, na falta de distância de visibilidade e no guarda corpo, que tem uma abertura muito grande, pela qual uma criança pode passar”, afirmou o engenheiro Antônio Eulálio, especialista em pontes e grande viadutos, após a vistoria.
Segundo ele, outro problema detectado no local é a falta de barreira lateral apropriada. “Se tivesse uma barreira com 80 centímetros, bem construída e ancorada na laje, ela resistiria a um choque de seis mil quilos, diferente dessa barreira que só resiste a 80 quilos”, afirmou Antônio.
De acordo com o especialista, para dar mais segurança ao viaduto é fundamental a criação de uma nova barreira, de uma proteção de tela e esticar os aterros de acesso, o que diminuiria a inclinação do viaduto.
Parentes de vítimas reclamam de falta de apoio
Quase 24 horas após a queda do ônibus no viaduto, familiares de vítimas que estão internadas no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, reclamam da falta de assistência da empresa de ônibus Viação Itaguaí.
Quase 24 horas após a queda do ônibus no viaduto, familiares de vítimas que estão internadas no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio, reclamam da falta de assistência da empresa de ônibus Viação Itaguaí.
Claudia Maria Paes, casada com Silas França Nunes, disse que até as 17h desta quinta (8), ninguém entrou em contato. "Apenas a Prefeitura de Itaguaí disponibilizou uma van ontem à noite [quarta] para quem quisesse voltar de Santa Cruz para Itaguaí. Aqui no hospital [Pedro II] ninguém informa nada. Só hoje que consegui ver meu marido", disse Claudia.
O marido de Regina Célia de Lima, de 46 anos, Ivanor Lopes Barbosa, de 47 anos, também esteve nesta tarde no Hospital Pedro II. O pedreiro e morador de Coroa Grande é pai de Julia de Lima Barbosa, de 18 anos, que está internada no Hospital Getúlio Vargas, com traumatismo craniano.
"A minha filha foi trocar o notebook e a minha mulher foi com ela em Itaguaí. Minha filha está em coma. O médico disse que tem que esperar a Julia acordar para ver qual o estado dela. É um susto. Estou desde ontem aqui [no Pedro II] pra ver minha esposa e não consegui. O atendimento é muito ruim", reclamou Ivanor. Ele também afirmou que a Viação Itaguaí ainda não entrou em contato oferecendo apoio.
Prefeitura diz que viaduto terá reforma
Na manhã desta quinta, a prefeitura anunciou medidas de melhoria na via. Moradores reclamam de más condições no viaduto, conhecido como Tobogã. O secretário municipal de Transportes, Alex Lucena, informou que reformas serão feitas em até 90 dias. "O departamento de Engenharia e Projetos da Secretaria de Obras realizou uma vistoria técnica aqui no viaduto para identificar possíveis falhas e desníveis. Posteriormente, vamos implementar o conserto nessas falhas apontadas."
Na manhã desta quinta, a prefeitura anunciou medidas de melhoria na via. Moradores reclamam de más condições no viaduto, conhecido como Tobogã. O secretário municipal de Transportes, Alex Lucena, informou que reformas serão feitas em até 90 dias. "O departamento de Engenharia e Projetos da Secretaria de Obras realizou uma vistoria técnica aqui no viaduto para identificar possíveis falhas e desníveis. Posteriormente, vamos implementar o conserto nessas falhas apontadas."
De acordo com o secretário, o ônibus estava em dia com a prefeitura. "No período em que foi realizada a vistoria na empresa, ele estava com a documentação atrasada, o IPVA de 2013. Foi dado um prazo e ele se adequou". Apesar disso, ele confirma a existência de multas no veículo, mas nenhuma por excesso de velocidade.
Vítimas
Ao todo, seis pessoas morreram no acidente. As vítimas foram identificadas pelo quartel de Itaguaí como Andrelúcia Pereira da Silva, de 22 anos, Marcos José Figueiredo, de 37, José Antônio da Costa, de 77, além do motorista Carlos Alberto Oliveira da Silva, de 39. Outras duas pessoas não puderam ser identificadas, por falta de documentos: um homem pardo de aproximadamente 30 anos e uma jovem morena de 20 anos.
Além dos seis mortos, 34 pessoas ficaram feridas, sendo dez delas gravemente. A causa do acidente com o ônibus, que ficou de cabeça para baixo, ainda não foi divulgada. A 50ª DP (Itaguaí), que vai investigar o caso, solicitou a presença de peritos no local.
Ao todo, seis pessoas morreram no acidente. As vítimas foram identificadas pelo quartel de Itaguaí como Andrelúcia Pereira da Silva, de 22 anos, Marcos José Figueiredo, de 37, José Antônio da Costa, de 77, além do motorista Carlos Alberto Oliveira da Silva, de 39. Outras duas pessoas não puderam ser identificadas, por falta de documentos: um homem pardo de aproximadamente 30 anos e uma jovem morena de 20 anos.
Além dos seis mortos, 34 pessoas ficaram feridas, sendo dez delas gravemente. A causa do acidente com o ônibus, que ficou de cabeça para baixo, ainda não foi divulgada. A 50ª DP (Itaguaí), que vai investigar o caso, solicitou a presença de peritos no local.
Os feridos - pelo menos 10 em estado grave - foram levados para o Hospital Municipal de São Francisco Xavier, Unidade de Pronto Atendimento (UPA), ambas em Itaguaí, onde quatro pessoas com ferimentos leves foram atendidas e liberadas; e Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na Zona Oeste, onde estão, segundo a Secretaria municipal de Saúde, três mulheres que passariam por cirurgia, e outras seis pessoas com quadro de saúde grave.
Queda sobre ferrovia e igreja
O viaduto fica na Avenida Prefeito Isoldackson Cruz Brito e passa por cima de uma estrada de ferro, ao lado de onde caiu o ônibus, de uma altura de 15 metros.
O viaduto fica na Avenida Prefeito Isoldackson Cruz Brito e passa por cima de uma estrada de ferro, ao lado de onde caiu o ônibus, de uma altura de 15 metros.
A MRS, empresa que administra a ferrovia, informou não houve necessidade de a linha ser interrompida. A operadora informou que trens estão sendo desviados e operam com velocidade reduzida. Anteriormente, a empresa havia dito que a linha tinha sido bloqueda.
O veículo despencou sobre uma igreja que fica ao lado da estrada de ferro. Segundo os bombeiros, o local estava vazio.
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