Vaza vídeo de Ronaldo aos beijos e abraços com o filho de Álvaro Garnero
A internet foi bombardeada neste sábado (4), com o vazamento de um vídeo de Ronaldocurtindo uma balada ao lado dos amigos na BC Club, um dos mais exclusivos da cidade.
Descontraído, em determinado momento ele é abraçado e beijado por Alvarinho, filho de Álvaro Garnero. “É meu namorado”, disse o Fenômeno.
Com o falatório do povo, Álvaro Garnero prontamente foi ao Facebook para defender o rebento.
“Mta MALDADE!! INACREDITÁVEL!!! Palavras do meu filho Filhao tamo junto! Conte comigo sempre! Te amo!!!
“Aos Beijos e Abraços” parece até tema de novela!! Hahahaha… Quem diria? A verdade é que Ronaldo é um tio pra mim, praticamente me viu nascer e me pegou no colo. O Fenômeno é um dos melhores amigos do meu pai e do meu tio, Mário Bernardo, e parte da família. Enfim, pra quem não sabe, é bom saber. Beijo grande, Irmão!!!! — com Alvaro Garnero e Ronaldo Lima.”
Abaixo, você confere o polêmico vídeo!
Descontraído, em determinado momento ele é abraçado e beijado por Alvarinho, filho de Álvaro Garnero. “É meu namorado”, disse o Fenômeno.
“Mta MALDADE!! INACREDITÁVEL!!! Palavras do meu filho Filhao tamo junto! Conte comigo sempre! Te amo!!!
“Aos Beijos e Abraços” parece até tema de novela!! Hahahaha… Quem diria? A verdade é que Ronaldo é um tio pra mim, praticamente me viu nascer e me pegou no colo. O Fenômeno é um dos melhores amigos do meu pai e do meu tio, Mário Bernardo, e parte da família. Enfim, pra quem não sabe, é bom saber. Beijo grande, Irmão!!!! — com Alvaro Garnero e Ronaldo Lima.”
Abaixo, você confere o polêmico vídeo!
Sobre o autor
Nelson Sheep
http://www.superpride.com.br/2015/07/vaza-video-de-ronaldo-aos-beijos-e-abracos-com-o-filho-de-alvaro-garnero.html#.VnxvMmJyCDU.facebook
Luciano Huck vai pagar R$ 150 mil por dano ambiental em Angra
Da Redação
O ataque a Mata Atlântica, uma das mais importantes vegetações do país e também das mais castigadas, aconteceu em sua propriedade na Ilha das Palmeiras, em Angra dos Reis.
Leia também:
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Segundo a coluna da jornalista Adriana Cruz, de O Dia (leia aqui), Huck foi denunciado pelo MP Federal, em 2014, por crime ambiental depois que laudo constatou supressão da vegetação na área de Mata Atlântica e APA Tamoios. Houve acordo, e o pagamento será usado no projeto Coral-Sol do ICMBio na Estação Ecológica Tamoios. E processo suspenso.
Cruz revela ainda que os detalhes vão ao ar no programa Via Legal, veiculado pela TV Justiça (canal 9 da NET / canal 167 da SKY / canal 232 da GVT) toda quarta-feira, às 21h30, com reprises às quintas (7h30), sábados (12h) e às segundas (5h), ainda sendo transmitido aos domingos pela TV Cultura (5h30) e pela TV Brasil (6h).
Veja também:
http://www.conexaojornalismo.com.br/audiencia_na_tv/luciano-huck-vai-pagar-r$--mil-por-dano-ambiental-em-angra-86-41925
Empresa do jovem que chamou Chico de 'bandido' contratou ladrão da Petrobras
Alvarinho, filho de Álvaro Garnero, chamou Chico Buarque de 'bandido' na noite da última segunda-feira. Curiosamente, um bandido confesso foi contratado para dirigir a área de petróleo e gás da empresa de sua família: Paulo Roberto Costa
Álvaro Garnero e o seu filho, Alvarinho
Fernando Brito, Tijolaço
O mais engraçado do mundo são as voltas que o mundo dá.
O playboy Álvaro Garnero Filho, filho do playboy Álvaro Garnero e neto do polêmico Mario Garnero – condenado a cinco anos de prisão por estelionato e fraude contra o sistema financeiro pela Justiça Federal, sentença depois anulada pelo STF – vive, ao que se saiba, da Brasilinvest.
E quem se tornou dirigente da Brasilinvest para a área de petróleo e gás, em 2012, logo depois de ter sido demitido por Dilma Rousseff da Petrobras, onde roubou aos montes?
Sim, ele mesmo, Paulo Roberto Costa.
Alvarinho é o jovem que foi tomar satisfações com Chico Buarque dizendo que este apóia bandidos.
Bandidos, como se vê, conseguem lugar na empresa que garante a boa vida do rapaz.
A elite brasileira é uma comédia pastelão.
Não é à-toa que o educadíssimo Chico postou hoje, no Facebook – assim, meio “sem querer, querendo” – a sua música “Vai Trabalhar, Vagabundo”.
Eles não vão, não…
Leia, abaixo, texto do jornalista Luis Nassif, originalmente publicado no Jornal GGN, que conta a história nebulosa do avô de Alvarinho:
A história do avô do rapaz que ofendeu Chico
O rapaz que ofendeu Chico Buarque é pouco informado sobre as aventuras de seu avô, Mário Garnero com o PT.
Garnero foi uma liderança estudantil importante. Depois, casou-se com uma herdeira do grupo Monteiro Aranha e passou a representar o sogro no capital da Volkswagen. Lá, como diretor de Recursos Humanos, conheceu e aproximou-se de Lula e dos sindicalistas do ABC.
Mas toda sua carreira foi pavimentada no regime militar.
Foi responsável por um seminário internacional em Salzburg, visando vender o país aos investidores externos no momento em que os ecos do Brasil Grande projetava a imagem do país no mundo.
Do seminário nasceu o Brasilinvest, um dos primeiros bancos de investimento do país tendo como acionistas diversos grupos internacionais. Garnero arrebentou com o banco desviando recursos para holdings fantasmas, como forma de se capitalizar para conquistar o controle absoluto da instituição. Quando terminou a operação, viu-se dono de um banco quebrado.
Antes disso, era o menino de ouro dos militares. Tornou-se num anfitrião de primeiríssima acolhendo em sua casa, ou em um almoço anual nas reuniões do FMI, a fina nata do capitalismo mundial. Tornou-se, de fato, um dos brasileiros mais bem relacionados do planeta. Mas jamais conseguiu transformar o relacionamento em negócios legítimos. Não tinha a visão do verdadeiro empreendedor. Terminou cercado por parceiros de negócio algo nebulosos, principalmente depois que passou a perna dos demais acionistas do Brasilinvest, grandes corporações internacionais.
Acabou se convertendo na bomba relógio que João Batista Figueiredo deixou para Tancredo Neves. A desmoralização final dos militares foram os escândalos da Capemi, brilhantemente cobertos para a Folha pelo nosso José Carlos de Assis.
Figueiredo impediu Delfim Netto de ajudar Garnero, vaticinando: o Brasilinvest será a Capemi do Tancredo (correção: o lobby de Garnero vinha de outros setores do governo; Delfim, mesmo, detestava-o) . A razão maior era a presença, no Conselho de Administração, de Aécio Cunha, pai de Aécio e genro de Tancredo (correção: foi outro genro de Tancredo, Ronaldo do Valle Simões, personagem muito mais polêmico do que Aecio Cunha) . E também de personagens de peso na vida nacional da época, como o presidente da Volskwagen Wolfgang Sauer, Helio Smidt, da Varig e o publicitário Mauro Salles.
Colhi depoimento de Sauer sobre o episódio e testemunhei o alemão de ferro chorar na minha frente pela traição do amigo Garnero.
Percebendo a armadilha, Tancredo incumbiu seu futuro Ministro da Fazenda, Francisco Dornelles, de não facilitar em nada a vida da Brasilinvest. Sem o amparo do futuro presidente, o Brasilinvest afundou.
Já no governo Sarney, da derrocada de Garnero valeu-se Roberto Marinho para tomar-lhe o controle da NEC Telecomunicações.
Depois disso, continuou a vida tornando-se uma espécie de João Dória Junior internacional. Aos encontros anuais da Brasilinvest comparecia a fina flor do capitalismo – e modelos belíssimas. Aliás, a capacidade de selecionar mulheres para terceiros era uma das especialidades de Garnero, que conseguiu um encontro de Gina Lolobrigida para seu sogro. Ele mesmo tinha visa pessoal discreta.
No início do governo Lula, Garnero valeu-se da familiaridade dos tempos de ABC para se aproximar de José Dirceu, ainda poderoso Ministro da Casa Civil. A aproximação lhe rendeu prestígio e bons negócios.
Graças a ela, conseguiu levar o Instituto do Coração para Brasília, em um episódio controvertido que estourou tempos depois, com boa dose de escândalo. Aliás, até hoje respondo a um processo maluco do Mário Gorla, o sócio de Garnero no empreendimento. Esteve também por trás dos problemas do Instituto do Coração em São Paulo.
Quando os chineses começaram a desembarcar no Brasil, fui procurado por analistas da embaixada da China interessados em informações sobre o país. E me contaram que estavam conversando com um BNDES privado. Indaguei que história era essa. Era o Brasilinvest – na ocasião um mero banco desativado, localizado em uma das torres do conjunto Brasilinvest na Avenida Faria Lima. Não sabiam que Garnero já se desfizera totalmente do patrimônio representado pelas torres. E tinha um banco de fachada.
Garnero ajudou na aproximação de Dirceu com parte dos empresários norte-americanos. Na véspera do estouro do “mensalão” Dirceu já tinha uma viagem agendada para Nova York organizada por ele.
Sem conseguir se enganchar no governo Lula, Garnero acabou se dedicando ao setor imobiliário. Os filhos não seguiram sua carreira, internacionalmente brilhante, apesar dos tropeços. Ficaram mais conhecidos pelas conquistas e pela vida vazia.
Já o neto consegue seu segundo instante de celebridade. O primeiro foi em um vídeo polêmico, simulando um agarra com o ex-jogador Ronaldo.
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PS.:No comentário abaixo, na TV Gazeta, o jornalista Bob Fernandes identifica o jovem que chamou Chico Buarque de “um merda” como sendo Guilherme Junqueira Motta, herdeiro de usineiro que afirma trabalhar na Usina Guaira, em Guaíra, região de Barretos, no interior de São Paulo.
Já são 8 mil pessoas confirmadas para o
Rolezinho com Chico Buarque
Chico Buarque não esperava ter um Natal tão animado. Depois de ser ofendido por um grupo de radicais anti petistas ao deixar um restaurante na Zona Sul do Rio, o cantor, compositor e escritor vai assistir da janela (ou será que vai descer?) o "Rolezinho pra tomar cerveja com Chico" que ocorre nesta sexta-feira (26) das 9 às 22 horas no Leblon, no Rio ou em qualquer lugar do país. O importante é o internauta que defende o direito à livre manifestação do pensamento fazer um brinde e posta a imagem do "rolezinho" nas redes sociais.
Até a manhã desta quarta-feira (24) já eram oito mil os internautas que confirmaram participação no evento. Para participar basta clicar aqui
Após o episódio, Chico Buarque recebeu a solidariedade de milhares de internautas, além de Lula e da presidenta Dilma Rousseff (leia aqui). Em sua página pessoal, no Facebook, o artista postou um vídeo em que canta a canção "Vai trabalhar vagabundo!"
Um dos agressores, Alvarinho Garnero disse que se sente "ameaçado" e que pode voltar para Londres, onde morou em 18 dos seus 19 anos de vida (veja aqui).
Testemunha do ataque e das ofensas, o jornalista Eric Nepomuceno disse que os playboys se aproximaram do grupo de amigos do Chico com a nítida intenção de provocar. Em dado momento, Alvrinho teria chamado Chico Buarque de "merda" - leia aqui.
O Rolezinho com Chico Buarque é mais do que um apoio ao artista, mas uma afirmação de que o Brasil não será um mais segregário e do ódio, onde opiniões não podem ser manifestadas. Clique aqui e compartilhe
Até a manhã desta quarta-feira (24) já eram oito mil os internautas que confirmaram participação no evento. Para participar basta clicar aqui
Após o episódio, Chico Buarque recebeu a solidariedade de milhares de internautas, além de Lula e da presidenta Dilma Rousseff (leia aqui). Em sua página pessoal, no Facebook, o artista postou um vídeo em que canta a canção "Vai trabalhar vagabundo!"
Um dos agressores, Alvarinho Garnero disse que se sente "ameaçado" e que pode voltar para Londres, onde morou em 18 dos seus 19 anos de vida (veja aqui).
Testemunha do ataque e das ofensas, o jornalista Eric Nepomuceno disse que os playboys se aproximaram do grupo de amigos do Chico com a nítida intenção de provocar. Em dado momento, Alvrinho teria chamado Chico Buarque de "merda" - leia aqui.
O Rolezinho com Chico Buarque é mais do que um apoio ao artista, mas uma afirmação de que o Brasil não será um mais segregário e do ódio, onde opiniões não podem ser manifestadas. Clique aqui e compartilhe
Veja também:
http://www.conexaojornalismo.com.br/colunas/cultura/musica/ja-sao--mil-pessoas-confirmadas-para-o-rolezinho-com-chico-buarque-26-41947
Dario Pignotti
Os trabalhadores da avícola Cresta Roja decidiram levantar um acampamento na rodovia Riccheri, na noite desta terça-feira (22/12), depois que o Ministério do Trabalho prometeu um aumento de 2 mil pesos no pagamento de um programa assistencial, uma ajuda extra para o orçamento das festas de fim de ano, e a possibilidade de retomar rapidamente a produção da empresa. No final da jornada de protestos, já na manhã de quarta, eles sofreram uma feroz repressão por parte das forças policiais que buscaram tirá-los da autopista com carros lançadores de água e balas de borracha, que deixaram alguns manifestantes feridos, uma ação que quebrou a lógica da atuação das forças de segurança durante os anos do kirchnerismo e que, segundo os trabalhadores, frustrou também os compromissos que os funcionários macristas haviam tomado neste caso. Esta mudança motivou o repúdio de boa parte da dirigência política e dos organismos de direitos humanos. “Quando chegaram as forças policiais, me disseram que se não saíssemos em cinco minutos, nos tiravam à força, que a determinação do dia anterior já não valia mais, por ordem do presidente. Não me deram tempo de informar a todos, e menos ainda de fazer uma assembleia sobre o novo panorama”, contou Cristian Villalba, um dos representantes dos trabalhadores, sobre o início do acionar repressivo. A ministra de Segurança, Patricia Bullrich, depois assumiu para si a responsabilidade pela ordem de atuar para a força pública.
Pouco depois das 9h, os efetivos da tropa de choque – com cassetetes, capacetes e escudos – avançaram para desocupar a pista que leva ao aeroporto de Ezeiza. Os policiais formaram um cordão para impedir que os trabalhadores de retomar o protesto. Houve empurra-empurra, e algumas pedras e garrafas começaram a voar, o que derivou em caos e repressão generalizada, um cenário que não de via há muito tempo. “Eles quiseram nos trucidar, vários de nós terminaram no hospital”, disse um dos trabalhadores, em entrevista ao jornal Página/12, sintetizando o que foi o operativo ordenado pela ministra Bullrich.
O Ministério de Segurança acusou a presença de “infiltrados de esquerda”, por querer tomar o aeroporto, desvirtuando o que disse um dos representantes dos trabalhadores, sobre uma troca de insultos entre sindicalistas e policiais, que teria desencadeado o segundo ataque repressivo. “Aqui somos todos trabalhadores, inclusive os de outros sindicatos, que vieram nos apoiar, e estamos comendo graças às doações deles. O que queremos é trabalhar, há dois meses que não completamos uma jornada de trabalho”, disse um dos porta-vozes.
O acordo
“Há um compromisso político dos governos nacional e provincial, em acompanhar este processo com os recursos disponíveis, para aliviar as circunstâncias de muito sofrimento para os trabalhadores, mas respeitando as decisões judiciais”, afirmou Jorge Triaca, ministro do Trabalho, que também afirmou que “há interessados em assumir a empresa”, cuja quebra foi determinada pela Justiça na mesma terça em que se iniciou o conflito.
Pouco antes das 21h, Triaca sintetizou a proposta que entregaram a Cristian Villalba, representante dos empregados da avícola, se referindo a eles como “os companheiros”. O ministro disse que analisaram a decisão da juíza Valeria Pérez Casado, para “facilitar a quebra”, e antecipou que hoje se reuniria com a magistrada. “Nem o governo nacional nem o provincial vão abandonar vocês, estaremos atentos a cada um dos seus requerimentos, e vamos acompanhar tudo o que a juíza estabeleça, para chegar a uma saída tanto para os trabalhadores como para retomar a produção da empresa”, assegurou Triaca.
“O Ministério do Trabalho outorgou nos últimos dias um programa Repro (Recuperação Produtiva) de 4 mil pesos, e nos comprometemos a dar 6 mil pesos para cada trabalhador a partir de janeiro”, agregou o titular da pasta, em alusão ao benefício similar ao 13º salário, que já vem sendo entregue há um ano. É para que “passem as festas de fim de ano da melhor maneira possível, entendendo as dificuldades do caso”, disse ele, garantindo que o Ministério do Desenvolvimento Social e o governo da Província de Buenos Aires vão entregar também presentes de natal. Triaca destacou que “não é preciso bloquear uma estrada, nós vamos escutá-los sem a necessidade disso”, e pediu que terminem com os protestos, enfatizando que “esta é uma situação herdada do governo que se foi, depois precisamos revisar os subsídios entregues, e os donos da empresa deverão prestar contas com a Justiça”.
Villalba, o principal porta-voz dos trabalhadores, afirmou que o encerramento do protesto seria decidido em assembleia, a que aconteceu pouco depois do acordo. “Os culpados pela situação atual da empresa já não pertencem a ela. O compromisso do governo foi o de buscar um comprador para a empresa”, agregou, falando de quatro possíveis interessados.
O sindicalista admitiu que esperavam outro tipo de resposta, mas afirmou que isso seria “medianamente favorável”. Enquanto isso, no acampamento, outros delegados destacavam a unidade entre os trabalhadores das duas plantas da avícola, e pediu que “as autoridades cumpram com o prometido, assim podemos voltar a trabalhar”. As famílias começavam cozinhar os alimentos doados. A esta altura do mês, já haviam gastado os 2 mil pesos (menos de mil reais) que recebiam através do subsídio Repro – surgido para auxiliar as empresas em crise, com o pagamento por parte do Estado de uma porção do salário dos empregados.
“Minha tarefa era a de colocar os frangos vivos nas jaulas”, diz Mauricio Herrera, 38 anos, pai de duas filhas. Ele fala no passado, porque se acaba de saber que a Justiça determinou a quebra da empresa. Enquanto os delegados conversavam com Triaca, no acampamento da rodovia Riccheri eram discutidas as alternativas diante deste novo cenário, e se dispunham a debatê-las na assembleia: não descartavam nem mesmo a possibilidade deles mesmo tomarem a responsabilidade de administrar a empresa e retomar a produção. “Até agora, o governo e o dono da fábrica escondem a bola, mas no meio do campo estamos nós, e queremos saber como continua este jogo”, define ele o sentimento de suspeita de a sentença de quebra da empresa poderia significar a legalização das demissões.
“Na tarde da segunda-feira (21/12), tínhamos um acordo com os dois chefes policiais, deixaríamos duas pistas livres até a hora da reunião com o Ministério do Trabalho, que ia a ser ao meio dia (de quarta-feira), mas eles mesmos desconheceram o combinado depois, e chegaram quebrando tudo no acampamento pela manhã, com cassetetes, jatos d´água e balas de borracha, havia apenas 20 pessoas, e nos destroçaram”, conta Herrera.
Após assumir a autoria da ordem repressiva, que não foi precedida de nenhuma mediação e não contou com ordem judicial de respaldo, o Ministério de Segurança emitiu um comunicado macartista, acusando o Partido Operário de infiltrar vândalos no protesto dos trabalhadores da avícola: “um grupo de militantes ingressaram no aeroporto de Ezeiza com a intenção de tomar posse do mesmo”. A ministra Bullrich se baseou em declarações posteriores do segundo informe entregue pelos comandantes da tropa de choque, quando o sindicalista Villalba falou em “infiltrados”, para evitar que os trabalhadores fossem responsabilizados por uma suposta agressão a um policial.
Herrera disse ao diário Página/12 que “uma pessoa de uma agrupação veio nos apoiar, mas a polícia disse para irem embora, nunca pedimos aos partidos de esquerda para que se retirem, como disseram alguns meios, e tampouco é verdade que vieram agora pela primeira vez, eles nos apoiam desde que o conflito começou”, relatou o trabalhador. “Independente da ideologia de cada um, aqui somos todos trabalhadores, os que vêm apoiar nossa luta também são trabalhadores, eles trazem alimentos e graças a eles estamos comendo, se o companheiro disse outra coisa sobre isso foi um erro”, enfatizou Herrera. A direção do Partido Operário já avisou que denunciará a ministra Bullrich na Justiça por “injúria e provocação política para justificar a repressão”.
O conflito na avícola Cresta Roja se arrastra desde 2014, quando a empresa começou a revelar supostos problemas econômicos para obter ajuda financeira do governo anterior, e o fazia com ameaças de quebra, o que seria causado por “dificuldades financeiras devido às reclamações dos trabalhadores”. Os empregados responderam com greves e ocupações na planta, impulsados pelas bases, sem a anuência da direção sindical. O grupo Rasic, dono da empresa, realizou 650 demissões como represália, devido à exigência de um pagamento retroativo de 2 mil pesos, combinado entre a câmara avícola e o Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação.
Na noite de quarta (23/12), depois que o governo cumpriu com a liberação dos trabalhadores detidos, os manifestantes terminaram com o protesto na rodovia Riccheri, e os efetivos policiais também se retiraram.
Tradução: Victor Farinelli
http://www.cartamaior.com.br/?%2FEditoria%2FInternacional%2FCassetetes-e-balas-de-borracha-contra-trabalhadores%2F6%2F35241
Uma breve lembrança da atual situação política mundial!
Essa é para quem ainda se ilude achando que o Colonialismo acabou, que o racismo "não é bem assim" e que essa coisa de lógicas e práticas eurocêntricas impostas é só outro "assunto pós-moderno".
Na foto: "A soberba do príncipe William em Tuvalu"
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