Douglas Oliveira
, não é aceitável o golpe, e a alternativa de poder que se apresenta é muito pior do que esse governo. Um golpe orquestrado pelo PSDB e Eduardo Cunha, Michel Temer conversou com os empresários que governaria para eles, mas até agora não sentou com um movimento social, com um sindicato, não dialogou uma letra com o povo as explicações que justifique a sua guinada golpista. Dilma vai sair dessa arapuca golpista porque as ruas não vão deixar ocorrer o golpe não porque gostam do governo, mas sim porque se o golpe se concretizar, a democracia será ferida de morte no país. Dilma saindo dessa, terá que seguir a agenda eleita pelo povo em 2014, que é uma inflexão a esquerda!
, não é aceitável o golpe, e a alternativa de poder que se apresenta é muito pior do que esse governo. Um golpe orquestrado pelo PSDB e Eduardo Cunha, Michel Temer conversou com os empresários que governaria para eles, mas até agora não sentou com um movimento social, com um sindicato, não dialogou uma letra com o povo as explicações que justifique a sua guinada golpista. Dilma vai sair dessa arapuca golpista porque as ruas não vão deixar ocorrer o golpe não porque gostam do governo, mas sim porque se o golpe se concretizar, a democracia será ferida de morte no país. Dilma saindo dessa, terá que seguir a agenda eleita pelo povo em 2014, que é uma inflexão a esquerda!
Para Planalto e oposição, adesão popular diminuiu em protestos contra Dilma
Em um ponto integrantes do Palácio do Planalto e da oposição concordam em relação às manifestações deste domingo: a adesão popular diminuiu de forma significativa.
Para auxiliares da presidente Dilma, os protestos deste domingo foram recebidos com alívio e dão ao governo tempo para tentar se reaglutinar. Além disso, diminuiram a pressão imediata em cima do Congresso Nacional para acelar o processo.
Nas palavras de um ministro petista, apesar da insatisfação real, apontada nas pesquisas recentes, as manifestações de rua perderam fôlego.
"Independentemente da manifestação ter sido esvaziada, temos de reconhecer que existe, sim, desaprovação recorde ao governo. Portanto, precisamos tentar reverter essa situação", observou ao Blogesse ministro.
Para a oposição, foi um erro tentar fazer uma mobilização em cima da hora. Em Brasília, por exemplo, o protesto reuniu, cerca de seis mil pessoas, segundo a PM, bem menos que os 45 mil registrados em março.
"E também foi visível a falta de adesão popular ao protesto da Av. Paulista" disse ao Blog um senador tucano.
Para este cacique do PSDB, a data escolhida para as manifestações foi "errada", porque é véspera de Natal e, nas palavras dele, as pesoas não estão mobilizadas. Para a cúpula do partido, o "ideal" seria esperar o início do próximo ano para que, depois do carnaval, fosse organizada grande mobilização nacional.
"Uma mobilização esvaziada pode passar a impressão de que não há apoio popular a favor do impeachment e isso faz com que o governo ganhe algum tempo para se rearticular no parlamento", acrescentou esse senador.
Oposicionistas reconhecem que, diferentemente do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando as ruas pressionaram o Congresso, agora terá de haver movimento oposto, ou seja, uma mobilização do Congresso para pressionar as ruas. "Por isso a mobilização deste domingo deveria ter sido adiada para outra data."
Uma preocupação entre integrantes da oposição é que as mobilizações a favor do impeachment fiquem restritas a grupos mais radicais de direita. "É preciso incluir toda a sociedade. Se a mobilização ficar apenas com extremistas, isso afastará a classe média", completou o senador tucano.
Conforme relatos do repórter Filipe Matoso, do G1, que acompanhou o protesto em Brasília, em dois momentos os manifestantes vaiaram pessoas que defenderam intervenção militar em discursos nos carros de som.
http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/post/para-planalto-e-oposicao-adesao-popular-diminuiu-em-protestos-contra-dilma.html
As manifestações de 13 de dezembro, aniversário do AI-5, foram um fracasso Brasil afora. Foi a marcha dos gatos pingados.,
Em um ponto integrantes do Palácio do Planalto e da oposição concordam em relação às manifestações deste domingo: a adesão popular diminuiu de forma significativa.
Para auxiliares da presidente Dilma, os protestos deste domingo foram recebidos com alívio e dão ao governo tempo para tentar se reaglutinar. Além disso, diminuiram a pressão imediata em cima do Congresso Nacional para acelar o processo.
Nas palavras de um ministro petista, apesar da insatisfação real, apontada nas pesquisas recentes, as manifestações de rua perderam fôlego.
"Independentemente da manifestação ter sido esvaziada, temos de reconhecer que existe, sim, desaprovação recorde ao governo. Portanto, precisamos tentar reverter essa situação", observou ao Blogesse ministro.
Para a oposição, foi um erro tentar fazer uma mobilização em cima da hora. Em Brasília, por exemplo, o protesto reuniu, cerca de seis mil pessoas, segundo a PM, bem menos que os 45 mil registrados em março.
"E também foi visível a falta de adesão popular ao protesto da Av. Paulista" disse ao Blog um senador tucano.
Para este cacique do PSDB, a data escolhida para as manifestações foi "errada", porque é véspera de Natal e, nas palavras dele, as pesoas não estão mobilizadas. Para a cúpula do partido, o "ideal" seria esperar o início do próximo ano para que, depois do carnaval, fosse organizada grande mobilização nacional.
"Uma mobilização esvaziada pode passar a impressão de que não há apoio popular a favor do impeachment e isso faz com que o governo ganhe algum tempo para se rearticular no parlamento", acrescentou esse senador.
Oposicionistas reconhecem que, diferentemente do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando as ruas pressionaram o Congresso, agora terá de haver movimento oposto, ou seja, uma mobilização do Congresso para pressionar as ruas. "Por isso a mobilização deste domingo deveria ter sido adiada para outra data."
Uma preocupação entre integrantes da oposição é que as mobilizações a favor do impeachment fiquem restritas a grupos mais radicais de direita. "É preciso incluir toda a sociedade. Se a mobilização ficar apenas com extremistas, isso afastará a classe média", completou o senador tucano.
Conforme relatos do repórter Filipe Matoso, do G1, que acompanhou o protesto em Brasília, em dois momentos os manifestantes vaiaram pessoas que defenderam intervenção militar em discursos nos carros de som.
Para auxiliares da presidente Dilma, os protestos deste domingo foram recebidos com alívio e dão ao governo tempo para tentar se reaglutinar. Além disso, diminuiram a pressão imediata em cima do Congresso Nacional para acelar o processo.
Nas palavras de um ministro petista, apesar da insatisfação real, apontada nas pesquisas recentes, as manifestações de rua perderam fôlego.
"Independentemente da manifestação ter sido esvaziada, temos de reconhecer que existe, sim, desaprovação recorde ao governo. Portanto, precisamos tentar reverter essa situação", observou ao Blogesse ministro.
Para a oposição, foi um erro tentar fazer uma mobilização em cima da hora. Em Brasília, por exemplo, o protesto reuniu, cerca de seis mil pessoas, segundo a PM, bem menos que os 45 mil registrados em março.
"E também foi visível a falta de adesão popular ao protesto da Av. Paulista" disse ao Blog um senador tucano.
Para este cacique do PSDB, a data escolhida para as manifestações foi "errada", porque é véspera de Natal e, nas palavras dele, as pesoas não estão mobilizadas. Para a cúpula do partido, o "ideal" seria esperar o início do próximo ano para que, depois do carnaval, fosse organizada grande mobilização nacional.
"Uma mobilização esvaziada pode passar a impressão de que não há apoio popular a favor do impeachment e isso faz com que o governo ganhe algum tempo para se rearticular no parlamento", acrescentou esse senador.
Oposicionistas reconhecem que, diferentemente do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, em 1992, quando as ruas pressionaram o Congresso, agora terá de haver movimento oposto, ou seja, uma mobilização do Congresso para pressionar as ruas. "Por isso a mobilização deste domingo deveria ter sido adiada para outra data."
Uma preocupação entre integrantes da oposição é que as mobilizações a favor do impeachment fiquem restritas a grupos mais radicais de direita. "É preciso incluir toda a sociedade. Se a mobilização ficar apenas com extremistas, isso afastará a classe média", completou o senador tucano.
Conforme relatos do repórter Filipe Matoso, do G1, que acompanhou o protesto em Brasília, em dois momentos os manifestantes vaiaram pessoas que defenderam intervenção militar em discursos nos carros de som.
http://g1.globo.com/politica/blog/blog-do-camarotti/post/para-planalto-e-oposicao-adesao-popular-diminuiu-em-protestos-contra-dilma.html
Globo tenta chamar para o golpe, mas manifestações fracassam: é o peso de carregar Cunha nas costas
Em Brasilia, um imenso vazio em frente ao Congresso. No Rio, mais gente na praia do que no asfalto. Em Belo Horizonte, 400 manifestantes (que a essa altura devem estar pensando em buscar refúgio no Leblon, ou na base aérea de Claudio-MG, na fazenda dos Neves). No Norte e Nordeste, os atos a favor do golpe parlamentar foram ainda mais pífios.
As imagens mostravam o fracasso. Mas a Globo e a GloboNews repetiam a estratégia das manifestações anteriores: os repórteres usavam as imagens da manhã, como um “esquenta” para o ato na avenida Paulista, à tarde. A Globo convocava para o golpe; tudo a ver.
E claro que São Paulo jamais decepciona. Na Paulista, o ato no início da tarde era um pouco maior do que em outros estados. E se ainda faltava uma imagem símbolo para o golpismo coxinha de 2015, essa imagem apareceu na forma do enorme pato inflável que a FIESP levou pra avenida: infantil e tosco, um símbolo dessa massa de classe média rancorosa e indigente.
Antes mesmo de ter um balanço definitivo de São Paulo, arrisco-me a dizer que o 13 de dezembro deixou algo claro: Eduardo Cunha é agora um entrave para o golpe do impeachment. A presença dele no cenário cria ruído, dificulta a narrativa de que “o PT precisa sair do poder porque é o comandante da corrupção”.
Por isso, as manifestações se esvaziaram: o oportunismo de Cunha e de Temer tirou o discurso e o ânimo dos que querem afastar o PT do poder.
Não é à toa que Folha e O Globo, no mesmo fim-de-semana, saíram com editoriais quase idênticos, pedindo a saída… de Cunha. E não de Dilma.
Ou seja: para o tucanato e seus aliados na mídia, Cunha já cumpriu sua tarefa, abrindo o processo contra Dilma. Agora, ele precisa ser extirpado da cena. Com Eduardo Cunha no poder, não haverá gente na rua suficiente pra apoiar o golpe parlamentar.
Folha e O Globo passam a Cunha um recado que Temer não pode enviar: você virou um entrave para nossos planos.
O PSDB está agora numa enrascada: foi longe demais no golpismo. Não há ponto de retorno. Ou se abraça a Cunha para dar o golpe, ou parte para uma operação complicada: tirar Cunha do poder, a tempo de permitir um discurso coerente contra “a corrupção do PT”.
Talvez, o “timing” já tenha se perdido. Mesmo com as manobras e a demora no trâmite, o processo na Câmara contra Dilma deve estar concluído até março, no máximo.
Haverá tempo de, com o recesso de fim de ano, afastar Cunha e eleger um novo presidente que possa dar alguma credibilidade ao golpe? Parece que não.
O 13 de dezembro de 2015 foi um fracasso. E ao mesmo tempo deixou claro que o impeachment, para ter apoio na rua, precisa ser precedido de uma operação de cassa a Eduardo Cunha.
O cenário, que já era ruim para o governo, torna-se imprevisível também para a oposição e FHC – sócios de um AI-5 fracassado.
PMDB do Paraná é o primeiro do país a aprovar “Fora Cunha”; assista
O senador Roberto Requião informou ao Blog do Esmael, neste domingo 13, que o encontro estadual da juventude realizado, ontem em Curitiba, aprovou a palavra de ordem “Fora Cunha” no PMDB do Paraná.
Requião disse na abertura do encontro que “acima de golpes e de expectativa de poder de três ou quatro picaretas, que se assoma na direção do partido, está o interesse do Brasil, do trabalho, do desenvolvimento, e não do capitão vadio”.
Assista ao vídeo:
“A juventude aprovou Fora Cunha, em defesa da democracia e reivindicou mais espaços nas instâncias partidárias”, disse Requião, que é presidente estadual do PMDB, que é a primeira seção do país a pedir a saída de Cunha da presidência da Câmara.
Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de liderar o golpe contra a presidente Dilma Rousseff (PT), também é acusado de possuir contas secretas na Suíça abastecidas com propina da Petrobras. O Conselho de Ética da Câmara tenta abrir processo de investigação contra ele, sem sucesso, graças a frequentes e diabólicas manipulações.
A Juventude do PMDB (JPMDB) reuniu 400 delegados no encontro deste sábado. O segmento partidário é comandado pelo deputado estadual Requião Filho, que é filho do senador.
A Folha mostra o legado social do PT que ela própria sempre escondeu. Por Paulo Nogueira
A Folha, depois de anos de pesquisas e levantamentos da mais extraordinária inutilidade, descobre enfim o seguinte.
Vou usar as palavras do próprio jornal: “Em 13 anos de PT no poder, o Brasil distribuiu sua renda como em nenhum período da história registrada pelo IBGE. Todos ganharam. Quanto mais pobre, melhor a evolução. Foram 129% de aumento real (acima da inflação) na renda dos 10% mais pobres. Nos 10% mais ricos, 32%.”
Quer dizer: num país em que a desigualdade social é o maior e mais arraigado dos males, um real câncer, são números que merecem aplausos de pé.
Nenhum desafio para o país é maior do que o de reduzir a iniquidade. O abismo entre os poucos ricos e os muitos pobres é uma chaga muito mais deletéria do que a corrupção.
Quanto mais igualitária uma sociedade, menos corrupta ela é. Os países nórdicos estão invariamente na ponta nas listas de países com menor grau de corrupção, e o motivo é exatamente o igualitarismo. Você proporciona boa educação gratuita às crianças, ensina a elas noções vitais de ética, dá a todos boas oportunidades, protege os mais desfavorecidos e cria uma cultura segundo a qual praticar corrupção é um horror. Sonegar na Escandinávia, como faz abertamente a Globo, por exemplo, transforma você num pária.
Por mais pecados que o PT tenha cometido em 13 anos, e não são poucos, o fato de ter dado foco aos desvalidos o redime.
Você tira muitas conclusões dessa reportagem da Folha.
Uma é que isso – a redução – foi escondido estes anos todos, o que é um absurdo, quase um crime de lesa pátria, dado o tamanho abjeto e histórico da desigualdade.
Era algo que a Folha deveria ter feito na campanha de 2012, para ajudar seus leitores a entender melhor o que estava em jogo.
Outra é a inépcia do PT em se defender: como o partido não levantou, ele próprio, este tipo de coisa?
Estudos dessa natureza jogam luzes onde existem sombras, o que é a tarefa mais nobre do jornalismo.
Mas a imprensa brasileira faz exatamente o oposto, ou por má fé ou por incompetência: joga sombras até onde existe luz.
E então você entende o paradoxo do trabalho da Folha.
Mesmo com fatos acachapantes, apenas 31% dos brasileiros acreditam que sua vida melhorou nestes 13 anos de PT.
Ora, ora, ora.
Com o massacre cotidiano da imprensa sobre primeiro Lula e agora Dilma, a percepção das pessoas é que nestes 13 anos só houve corrupção.
Avanços sociais foram censurados numa mídia partidarizada, aparelhada pela direita e frequentemente desonesta.
E denúncias de corrupção, verdadeiras ou imaginárias, foram estupidamente ampliadas – não genericamente, mas contra um alvo específico: o PT.
Isso quer dizer o seguinte: é fácil, é simples explicar o paradoxo. As melhoras não são sentidas porque elas são soterradas por um noticiário envenenado.
E é exatamente pelo combate à desigualdade que a mídia – a voz da plutocracia predadora – tanto luta para derrubar o governo.
Não há propósitos moralistas na campanha da imprensa contra Dilma e Lula. O que existe é apenas a mesma lógica que a levou, no passado, a investir contra Getúlio e contra Jango.
A lógica das empresas de jornalismo é esta: defender seus interesses e os da classe que representa, a plutocracia.
Para sorte da sociedade, apareceu o jornalismo digital, com sites independentes e livres que funcionam como um contraponto potente ao esforço da mídia em manter o Brasil como um dos recordistas mundiais em desigualdade social.
Modestamente, nos orgulhamos de pertencer a este bloco de sites.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).
A Folha, depois de anos de pesquisas e levantamentos da mais extraordinária inutilidade, descobre enfim o seguinte.
Vou usar as palavras do próprio jornal: “Em 13 anos de PT no poder, o Brasil distribuiu sua renda como em nenhum período da história registrada pelo IBGE. Todos ganharam. Quanto mais pobre, melhor a evolução. Foram 129% de aumento real (acima da inflação) na renda dos 10% mais pobres. Nos 10% mais ricos, 32%.”
Quer dizer: num país em que a desigualdade social é o maior e mais arraigado dos males, um real câncer, são números que merecem aplausos de pé.
Nenhum desafio para o país é maior do que o de reduzir a iniquidade. O abismo entre os poucos ricos e os muitos pobres é uma chaga muito mais deletéria do que a corrupção.
Quanto mais igualitária uma sociedade, menos corrupta ela é. Os países nórdicos estão invariamente na ponta nas listas de países com menor grau de corrupção, e o motivo é exatamente o igualitarismo. Você proporciona boa educação gratuita às crianças, ensina a elas noções vitais de ética, dá a todos boas oportunidades, protege os mais desfavorecidos e cria uma cultura segundo a qual praticar corrupção é um horror. Sonegar na Escandinávia, como faz abertamente a Globo, por exemplo, transforma você num pária.
Por mais pecados que o PT tenha cometido em 13 anos, e não são poucos, o fato de ter dado foco aos desvalidos o redime.
Você tira muitas conclusões dessa reportagem da Folha.
Uma é que isso – a redução – foi escondido estes anos todos, o que é um absurdo, quase um crime de lesa pátria, dado o tamanho abjeto e histórico da desigualdade.
Era algo que a Folha deveria ter feito na campanha de 2012, para ajudar seus leitores a entender melhor o que estava em jogo.
Outra é a inépcia do PT em se defender: como o partido não levantou, ele próprio, este tipo de coisa?
Estudos dessa natureza jogam luzes onde existem sombras, o que é a tarefa mais nobre do jornalismo.
Mas a imprensa brasileira faz exatamente o oposto, ou por má fé ou por incompetência: joga sombras até onde existe luz.
E então você entende o paradoxo do trabalho da Folha.
Mesmo com fatos acachapantes, apenas 31% dos brasileiros acreditam que sua vida melhorou nestes 13 anos de PT.
Ora, ora, ora.
Com o massacre cotidiano da imprensa sobre primeiro Lula e agora Dilma, a percepção das pessoas é que nestes 13 anos só houve corrupção.
Avanços sociais foram censurados numa mídia partidarizada, aparelhada pela direita e frequentemente desonesta.
E denúncias de corrupção, verdadeiras ou imaginárias, foram estupidamente ampliadas – não genericamente, mas contra um alvo específico: o PT.
Isso quer dizer o seguinte: é fácil, é simples explicar o paradoxo. As melhoras não são sentidas porque elas são soterradas por um noticiário envenenado.
E é exatamente pelo combate à desigualdade que a mídia – a voz da plutocracia predadora – tanto luta para derrubar o governo.
Não há propósitos moralistas na campanha da imprensa contra Dilma e Lula. O que existe é apenas a mesma lógica que a levou, no passado, a investir contra Getúlio e contra Jango.
A lógica das empresas de jornalismo é esta: defender seus interesses e os da classe que representa, a plutocracia.
Para sorte da sociedade, apareceu o jornalismo digital, com sites independentes e livres que funcionam como um contraponto potente ao esforço da mídia em manter o Brasil como um dos recordistas mundiais em desigualdade social.
Modestamente, nos orgulhamos de pertencer a este bloco de sites.
(Acompanhe as publicações do DCM no Facebook. Curta aqui).Sobre o Autor
Já que não encontram nada de ilegal na vida institucional e política da Presidenta Dilma, o jornalismo esgoto da Globo decidiu investir numa nova modalidade de "jornalismo investigativo": "Na Cama com Dilma". Baixo, repugnante e essencialmente machista. Depois de repercutir de forma negativa junto aos leitores, "Época" retirou o texto do seu site, mas o estrago já havia sido provocado. São esses mesmos que querem passar o Brasil a limpo? O chiqueiro dos irmãos Marinho é um rompimento diário de uma Barragem Moral. Lama fétida e golpista.
João Luiz Vieira, um dos editores da revista Época, que pertence ao grupo Globo, publicou uma grosseria que repercutiu mal na internet e na imprensa em geral.
Em seu artigo “Dilma e o Sexo”, Vieira atribui os problemas da presidente Dilma Rousseff à “falta de erotismo”. A baixaria, que já foi retirada do ar (estava aqui), ainda pode ser lida aqui.
Mas, afinal, o que leva um profissional (Vieira é jornalista há 26 anos) a escrever uma espécie de crônica sobre a vida sexual da presidente da República para tentar explicar a crise política e econômica que atravessa o Brasil?
Para o jornalista Fernando Brito, Época ultrapassou todos os limites da civilidade. “Época, como sub-Veja que sempre foi, apenas colhe os frutos de uma mídia empresarial que perdeu todo o limite de civilidade e bota Jabores, Rodrigos, Reinaldos, Gentilis e outros a rosnar. E outros que, sibilantes, revestem a peçonha em termos e temas pretensamente “cults”. Tornamo-nos a república dos imbecis, dos ofensores, da xingação. Que época!”, afirma Brito.
Alguns internautas se assustaram com a publicação da Época, independentemente de serem ou não eleitores da atual presidente ou de estarem de acordo com o governo vigente. “O que é isso? Até que ponto esses caras se rebaixarão moral e intelectualmente? Tudo bem, eles contam com a simpatias de imbecis piores que eles. Mas senso de ridículo, nunca tiveram nenhum? Ou abrem mão dele agora em razão de seus “objetivos maiores”? Cara, que gente podre”, escreveu Marcos Nunes.
“Isso não é jornalismo, é um esgoto dos mais fétidos. Me senti agredida como mulher. O que virá em seguida? Que presidência é lugar de homem (rico) e que ela deveria ir lavar uma louça ou costurar uma roupa? Estou perplexa”, criticou Ana Maria.
Leia abaixo trechos do texto de João Luiz Vieira, editor da Época:
Não a conheço pessoalmente, nem sei de ninguém que a viu nua, mas é bem provável que sua sexualidade tenha sido subtraída há pelo menos uma década, como que provando exatamente o contrário: poder e sexo precisando se aniquilar.
Será que Dilma devaneia, sente falta de alguém para preencher a solidão que o poder provoca em noites insones? Será que ela não se ressente de um ser humano para declarar que quer mandar todo mundo para aquele lugar, afinal ela não tem como dizer isso para o neto, supostamente seu melhor amigo, que ainda nem sabe ler? Será que ela não sente falta de comer pipoca enquanto assiste suas séries de TV paga, que tanto ama e a faz relaxar das pressões inerentes ao cargo?
[…]
Dilma, não. Dilma é de uma geração de mulheres anti-Jane Fonda, que acreditam que a sexualidade termina antes mesmo dos 60 anos, depois de criados filhos e ter tido seus netos. A atriz norte-americana foi uma combatente política quando era antidemocrático falar mal dos Estados Unidos, nação que estava dizimando vietnamitas e ela, no auge da beleza e do erotismo explícito como a emblemática personagem Barbarella, posou numa trincheira.
Isso foi no fim dos anos 1960, quando Dilma começou a lutar por democracia nos nossos anos de ditadura (1964-1985). Jane hoje é uma contumaz usuária de testosterona para regular seus hormônios e manter sua sexualidade gritando aos 77 anos. A atriz, precursora da autoestima para uma geração de mulheres no mundo inteiro, chega ao terço final de sua via exalando erotismo.
[…]
Diz-se que as amazonas, filhas de Ares, deus da guerra, cortavam um dos seios para manusear o arco e flecha e lutar. Ou seja, o feminino guerreiro precisaria extirpar a própria feminilidade. Não deveria, mas muitas vezes a exclui, e exemplos temos aos montes. Fragilizar-se é compatível com o cargo que essas senhoras almejam? Talvez sim, talvez não.
Dilma, se fosse seu amigo lhe diria: erotize-se.
Frente Brasil Popular contra impeachment mobiliza o país
Stedile acrescentou que esta crise do golpe “ajudou a revelar que Padilha, Gilmar Mendes, Cunha e Temer são farinha do mesmo saco”
Por Redação, com BdF – de Porto Alegre
Após o lançamento da Frente Brasil Popular, aumenta o apoio ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, em todo o país. A mobilização, que se estende já por 48 horas, foi lançada na manhã desta sexta-feira, na capital gaúcha, em uma manifestação que reuniu mais de mil pessoas no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).
A Frente reúne integrantes de movimentos populares, organizações sindicais e partidos políticos, que discutiram sobre a atual conjuntura política do Brasil, entre outras questões pontuais, como a agenda de ações para o próximo ano e a constituição da Comissão Operativa da FBP no Estado gaúcho.
O economista João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), falou sobre a tentativa da direita brasileira e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de instalar o golpe no país contra a democracia e o mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, o enfrentamento a este golpismo, protagonizado pelas forças conservadoras, deve estar entre as pautas centrais do povo brasileiro.
— Temos que afinar a viola e enfrentar o impeachment, botar o povo nas ruas — disse.
Um dos líderes da Frente, Stedile acrescentou que esta crise do golpe “ajudou a revelar que Padilha, Gilmar Mendes, Cunha e Temer são farinha do mesmo saco”.
— Todos estão conspirando para derrubar Dilma — ressaltou.
Após o lançamento da Frente Brasil Popular, aumenta o apoio ao mandato da presidenta Dilma Rousseff, em todo o país. A mobilização, que se estende já por 48 horas, foi lançada na manhã desta sexta-feira, na capital gaúcha, em uma manifestação que reuniu mais de mil pessoas no auditório da Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag).
A Frente reúne integrantes de movimentos populares, organizações sindicais e partidos políticos, que discutiram sobre a atual conjuntura política do Brasil, entre outras questões pontuais, como a agenda de ações para o próximo ano e a constituição da Comissão Operativa da FBP no Estado gaúcho.
O economista João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), falou sobre a tentativa da direita brasileira e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), de instalar o golpe no país contra a democracia e o mandato da presidenta Dilma Rousseff.
Segundo ele, o enfrentamento a este golpismo, protagonizado pelas forças conservadoras, deve estar entre as pautas centrais do povo brasileiro.
— Temos que afinar a viola e enfrentar o impeachment, botar o povo nas ruas — disse.
Um dos líderes da Frente, Stedile acrescentou que esta crise do golpe “ajudou a revelar que Padilha, Gilmar Mendes, Cunha e Temer são farinha do mesmo saco”.
— Todos estão conspirando para derrubar Dilma — ressaltou.
Stedile ainda abordou as quatro crises combatidas pela Frente no país: política, social, ambiental e econômica
Para o dirigente do MST, é preciso ocorrer investimentos na indústria e agricultura brasileira para que se torne possível a retomada do crescimento da economia e do desenvolvimento social; assim como a realização de reformas estruturais, envolvendo moradia, transporte e acesso da juventude à universidade; e profunda reforma política, com o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais.
Neste sentido, evidenciou o papel da participação popular:
— Historicamente, não é um partido, um governo ou a imprensa quem tira um país da crise. Isso acontece quando forças sociais organizadas formam um bloco hegemônico e apresentam um projeto de saída à sociedade para este problema — afirmou Stédile.
Já Miguelina Vecchio, presidenta nacional da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), criticou as alianças partidárias que compõem o atual governo.
– Temos que fazer uma avaliação de com quem a gente anda. Com esse PMDB nós nem precisamos de adversários da ultradireita, porque o centro-esquerda é contra o governo. Parte da bancada peemedebista vota pelo impeachment porque acredita que se Dilma sair é o partido quem assume a presidência – argumentou.
Representando a União Brasileira de Mulheres (UBM), Abgail Pereira, complementou que o povo brasileiro não irá se agachar diante as dificuldades que assolam o Brasil e ressaltou que a crise do impeachment “é de uma burguesia que não admite outro projeto, se não o neoliberal”.
– Temos críticas pontuais a este governo, mas neste momento não se trata de quem é a favor ou crítico. O que nos une é essa clareza de que o nosso país está dividido com democratas e patriotas de um lado, e os golpistas de outro – acrescentou.
Para o dirigente do MST, é preciso ocorrer investimentos na indústria e agricultura brasileira para que se torne possível a retomada do crescimento da economia e do desenvolvimento social; assim como a realização de reformas estruturais, envolvendo moradia, transporte e acesso da juventude à universidade; e profunda reforma política, com o fim do financiamento privado de campanhas eleitorais.
Neste sentido, evidenciou o papel da participação popular:
— Historicamente, não é um partido, um governo ou a imprensa quem tira um país da crise. Isso acontece quando forças sociais organizadas formam um bloco hegemônico e apresentam um projeto de saída à sociedade para este problema — afirmou Stédile.
Já Miguelina Vecchio, presidenta nacional da Ação da Mulher Trabalhista (AMT), criticou as alianças partidárias que compõem o atual governo.
– Temos que fazer uma avaliação de com quem a gente anda. Com esse PMDB nós nem precisamos de adversários da ultradireita, porque o centro-esquerda é contra o governo. Parte da bancada peemedebista vota pelo impeachment porque acredita que se Dilma sair é o partido quem assume a presidência – argumentou.
Representando a União Brasileira de Mulheres (UBM), Abgail Pereira, complementou que o povo brasileiro não irá se agachar diante as dificuldades que assolam o Brasil e ressaltou que a crise do impeachment “é de uma burguesia que não admite outro projeto, se não o neoliberal”.
– Temos críticas pontuais a este governo, mas neste momento não se trata de quem é a favor ou crítico. O que nos une é essa clareza de que o nosso país está dividido com democratas e patriotas de um lado, e os golpistas de outro – acrescentou.
Frente em marcha contra o impeachment
No período da tarde a capital gaúcha presenciou uma manifestação contra o impeachment de Dilma. Com a participaçao da FBP, a 20ª Marcha dos Sem, protesto promovido anualmente pela Central dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul (CMS), além de ter pautado a defesa de estabilidade institucional, pedia a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o abandono do ajuste fiscal por parte do governo federal.
A marcha contra o impeachment se iniciou da Rótula das Cuias e teve como destino final o Palácio Piratini. Segundo os organizadores, 8 mil pessoas estavam presentes.
SEM IMPEACHMENT
No período da tarde a capital gaúcha presenciou uma manifestação contra o impeachment de Dilma. Com a participaçao da FBP, a 20ª Marcha dos Sem, protesto promovido anualmente pela Central dos Movimentos Sociais do Rio Grande do Sul (CMS), além de ter pautado a defesa de estabilidade institucional, pedia a cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o abandono do ajuste fiscal por parte do governo federal.
A marcha contra o impeachment se iniciou da Rótula das Cuias e teve como destino final o Palácio Piratini. Segundo os organizadores, 8 mil pessoas estavam presentes.
Para Leonardo Boff, Dilma e o PT sairão da crise melhores e mais fortes
À Rádio Brasil Atual, teólogo diz que tanto a presidenta como o partido deverão voltar-se às bases sociais. Para ele, Eduardo Cunha "é um bandido político e eticamente desqualificado"
por Redação RBA publicado 09/12/2015 12:14, última modificação 09/12/2015 12:48
EBC
Para Leonardo Boff, a crise está despertando a militância do PT para tomar as ruas novamente e não aceitar o golpe
São Paulo – Para o teólogo Leonardo Boff, a turbulência política que ameaça o mandato presidencial de Dilma Rousseff passará e deixará à presidenta e ao PT a lição de que é preciso governar segundo a plataforma que fez sua campanha eleitoral vitoriosa. “Dilma vai sair fortificada e, possivelmente, essa crise vai ter um efeito positivo e purificar o PT, que terá que voltar às bases e se refazer nos seus ideais, com transparência”, avaliou, em entrevista à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Boff não acredita que o processo de impeachment terá seguimento no Congresso, e diz que os perdedores da eleição do 2014 ainda não se conformaram com a derrota e procuram sem cessar um pretexto sustentável para desfazer o resultado legitimamente conquistado. “É um pretexto para tirarem a Dilma do poder e isso significa um golpe de Estado. Antigamente se dava o golpe militar. Agora, o impeachment substitui esse golpe para tirar uma que foi eleita pela maioria do povo brasileiro”, afirmou.
Para o teólogo, essa tentativa de impeachment contra a presidenta é uma manipulação, liderada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “Ele é um bandido político, eticamente desqualificado, e está levando esse processo não no sentido do Direito, mas no sentido da vingança. e colocar os interesses pessoais dele acima da nação. É alguém que não está interessado na ordem e só quer encobrir seus mal feitos. Como teólogo, posso dizer que ele é um blasfêmia, ele criou uma empresa com o nome de Jesus. É um falso cristão.”
Ele também comenta o papel de direita no Brasil nesse processo de impeachment. “A direita está em ascensão, mas só se articula entre eles e não tem base popular. Eles podem explorar que essas políticas de austeridade e ajuste possam prejudicar a política de Lula, e muitos voltariam ao estado de pobreza. Mas eu creio que como o PSDB e a oposição não tem uma vinculação orgânica com essas bases, não sabem manejá-las.”
Para o teólogo, a crise está despertando a militância do PT e das esquerdas para tomar as ruas novamente e não aceitar o golpe. “Eu creio que terá um sentido de escutar o povo, a rua vai colocar pressão no parlamento. E como os deputados são medíocres e só pensam na reeleição, vão votar contra o impeachment.”
“A decisão vai se dar em dois níveis: os níveis da consciência mais crítica, mais jurídica, dos apoios dos movimentos sociais, que vão deslegitimar esse processo. E o segundo vai se dar nas ruas, e o PT está reconquistando as ruas. O PSDB, cuja base social é a classe média, que vai pra rua aos domingos, para passear, não para protestar”, conclui.
Ouça a íntegra:
À Rádio Brasil Atual, teólogo diz que tanto a presidenta como o partido deverão voltar-se às bases sociais. Para ele, Eduardo Cunha "é um bandido político e eticamente desqualificado"
por Redação RBA publicado 09/12/2015 12:14, última modificação 09/12/2015 12:48
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Para Leonardo Boff, a crise está despertando a militância do PT para tomar as ruas novamente e não aceitar o golpe
São Paulo – Para o teólogo Leonardo Boff, a turbulência política que ameaça o mandato presidencial de Dilma Rousseff passará e deixará à presidenta e ao PT a lição de que é preciso governar segundo a plataforma que fez sua campanha eleitoral vitoriosa. “Dilma vai sair fortificada e, possivelmente, essa crise vai ter um efeito positivo e purificar o PT, que terá que voltar às bases e se refazer nos seus ideais, com transparência”, avaliou, em entrevista à repórter Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.
Boff não acredita que o processo de impeachment terá seguimento no Congresso, e diz que os perdedores da eleição do 2014 ainda não se conformaram com a derrota e procuram sem cessar um pretexto sustentável para desfazer o resultado legitimamente conquistado. “É um pretexto para tirarem a Dilma do poder e isso significa um golpe de Estado. Antigamente se dava o golpe militar. Agora, o impeachment substitui esse golpe para tirar uma que foi eleita pela maioria do povo brasileiro”, afirmou.
Para o teólogo, essa tentativa de impeachment contra a presidenta é uma manipulação, liderada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. “Ele é um bandido político, eticamente desqualificado, e está levando esse processo não no sentido do Direito, mas no sentido da vingança. e colocar os interesses pessoais dele acima da nação. É alguém que não está interessado na ordem e só quer encobrir seus mal feitos. Como teólogo, posso dizer que ele é um blasfêmia, ele criou uma empresa com o nome de Jesus. É um falso cristão.”
Ele também comenta o papel de direita no Brasil nesse processo de impeachment. “A direita está em ascensão, mas só se articula entre eles e não tem base popular. Eles podem explorar que essas políticas de austeridade e ajuste possam prejudicar a política de Lula, e muitos voltariam ao estado de pobreza. Mas eu creio que como o PSDB e a oposição não tem uma vinculação orgânica com essas bases, não sabem manejá-las.”
Para o teólogo, a crise está despertando a militância do PT e das esquerdas para tomar as ruas novamente e não aceitar o golpe. “Eu creio que terá um sentido de escutar o povo, a rua vai colocar pressão no parlamento. E como os deputados são medíocres e só pensam na reeleição, vão votar contra o impeachment.”
“A decisão vai se dar em dois níveis: os níveis da consciência mais crítica, mais jurídica, dos apoios dos movimentos sociais, que vão deslegitimar esse processo. E o segundo vai se dar nas ruas, e o PT está reconquistando as ruas. O PSDB, cuja base social é a classe média, que vai pra rua aos domingos, para passear, não para protestar”, conclui.
Ouça a íntegra:
Jornal GGN – De acordo com o Painel da Folha, o governo não vai mais tolerar que aliados com cargos fiquem em cima do muro ou se posicionem favoráveis ao impeachment da presidente Dilma.
“Não tem mais brincadeira. É um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment”, disse o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner.
Do Painel da Folha
Por Natuza Nery
Mãe Joana O Planalto decidiu não mais tolerar que aliados com cargos no governo adotem posição dúbia ou defendam a deposição de Dilma Rousseff. “Não tem mais brincadeira. É um absurdo que alguém com cargo no governo seja a favor do impeachment”, diz Jaques Wagner (Casa Civil). Até aqui, o Planalto foi leniente nas traições. Por isso, fará radiografia dos cargos federais para identificar casos como o de Fábio Cleto, aliado de Eduardo Cunha, demitido esta semana da Caixa Econômica Federal.
Questão de foco Mais do que a votação aberta, a maior ambição do Planalto em relação à decisão do Supremo sobre o rito do impeachment é que ele determine a ilegalidade da chapa avulsa na eleição da comissão especial.
Conta outra De Cunha a interlocutores quando avisado de que Rodrigo Janot pediu a anulação da sessão secreta e da chapa avulsa: “E ele seria a favor de alguma coisa que eu fizesse?”.
Eu avisei Em sua manifestação ao Supremo, Cunha sugere que o relator Edson Fachin está extrapolando o pedido inicial ao abordar a legalidade da eleição secreta: “As modalidades de votação não são objeto desta ação”, escreve o peemedebista.
Corrida maluca 1 Grupos de parlamentares contrários a Dilma e contrários a Cunha preparam romaria ao Supremo na próxima semana.
Corrida maluca 2 Líderes de DEM, PPS e SDD vão na terça-feira visitar Fachin. Outro grupo, com PSOL e Rede, vai entregar até quarta-feira uma carta aberta aos ministros pontuando “ofensas” do peemedebista à Constituição.
Teu passado… Grupos favoráveis ao impeachment voltaram a fazer circular por mensagens de celular o vídeo de Fachin em ato da campanha de Dilma no ano passado.
Em cima do muro Aliados contam com os deputados “nem-nem” para manter Leonardo Quintão (PMDB-MG) na liderança da sigla. Sete peemedebistas não assinaram a lista do mineiro, mas dizem a seus apoiadores que também não assinarão a do deposto Leonardo Picciani.
Não deu praia Opositores do antigo líder se revoltaram especialmente com a “intromissão” do PMDB fluminense na disputa pelo controle da bancada: “Brasília não é quintal do Rio”, repetem.
Operador O vice Michel Temer tem conversado com líderes de bancadas de oposição na Câmara. Todos saem dos encontros com a sensação de que o governo Dilma está chegando ao fim.
Fica a dica Na palestra que deu em São Paulo ao lado de Gilmar Mendes, do Supremo, Temer lembrou que “o poder não é da autoridade, o poder é do povo”. “Somos meros exercentes do poder. Não somos donos do poder.”
Perto do PIB Após o evento, Temer almoçou com Paulo Skaf na sede da Fiesp. Ouviu do correligionário que a economia só terá fôlego depois de resolvido o nó político.
São Tomé Em reunião com movimentos sociais para definir estratégias contra o impeachment na quinta-feira, o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo) disse que Dilma só deve recebê-los no dia 17 –depois, portanto, do ato nacional contra a deposição da presidente.
O ministro do STF, Luiz Fachin negou nesta sexta (11) pedido apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para destravar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Congresso; o ministro argumentou que a sua decisão provisória suspendendo o processo só terá validade até quarta (16), quando o Supremo se reúne para começar a discutir ações do PC do B questionando o rito do impeachment e pedindo que a corte organize o andamento desse processo; Cunha diz que a base governista tenta "somente evitar o trâmite legítimo e constitucional" do pedido de afastamento da presidente
O ministro do STF, Luiz Fachin negou nesta sexta (11) pedido apresentado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para destravar o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na Congresso; o ministro argumentou que a sua decisão provisória suspendendo o processo só terá validade até quarta (16), quando o Supremo se reúne para começar a discutir ações do PC do B questionando o rito do impeachment e pedindo que a corte organize o andamento desse processo; Cunha diz que a base governista tenta "somente evitar o trâmite legítimo e constitucional" do pedido de afastamento da presidente
CIRO: ESTÁ EM CURSO UM GOLPE 'SALAFRÁRIO-MAFIOSO'
Em jantar com a presidente Dilma Rousseff nessa quinta-feira, 10, o presidenciável do PDT e um dos combatentes mais enfáticos do golpe, Ciro Gomes afirmou que o vice-presidente Michel Temer está conspirando faz tempo"; "Está em curso um golpe salafrário-mafioso", disse Ciro; segundo ele, Temer está articulando com um poder menor do que tem a presidente da República; também participou do encontro o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), um dos maiores defensores da presidente dentro do PMDB
Em jantar com a presidente Dilma Rousseff nessa quinta-feira, 10, o presidenciável do PDT e um dos combatentes mais enfáticos do golpe, Ciro Gomes afirmou que o vice-presidente Michel Temer está conspirando faz tempo"; "Está em curso um golpe salafrário-mafioso", disse Ciro; segundo ele, Temer está articulando com um poder menor do que tem a presidente da República; também participou do encontro o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), um dos maiores defensores da presidente dentro do PMDB
Processo sem fundamento
Pedido de impeachment parte de controvérsias políticas, ao invés de partir de um fato jurídico
Pesquisador da Ufam encabeça movimento nacional pró-Dilma
Após adiamento, trem parte de Goiás ao Maranhão pela Ferrovia Norte-Sul
Ao todo, 6,4 mil toneladas de farelo de soja são transportadas em 80 vagões.
Via começa a operar de fato após quase três décadas do início das obras.
Após ser adiada, a primeira viagem comercial oficial pela Ferrovia Norte-Sul saiu de Anápolis, a 55 km de Goiânia, às 6 horas desta quinta-feira (10), em direção ao Porto de Itaqui, em São Luís, no Maranhão. O trem é composto por três locomotivas, que tracionam 80 vagões carregados de farelo de soja.
A viagem é realizada mais de um ano e meio depois da inauguração do primeiro trecho goiano da ferrovia, em maio de 2014, e de mais de 26 anos do início da construção da ferrovia. Segundo a Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável pelas obras, a Norte-Sul está totalmente apta para operar. Uma operação teste havia sido feita anteriormente.
saiba mais
“A ferrovia está toda executada, 100% sinalizada, com todas as licenças de operações emitidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dia. Então a ferrovia está 100% apta para operar”, garante o gerente regional da Valec, Charles Beniz.
Inicialmente, o trem deveria partir na quarta-feira (9). No entanto, houve um problema no carregamento dos vagões e a Valec optou por adiar a viagem para a manhã desta quinta-feira.
“O carregamento funciona através de energia elétrica, faltou energia por quatro horas e atrasou o carregamento. Como é a primeira viagem, preferimos iniciar hoje e fazer o transporte durante o dia para que, caso ocorra algum problema, possamos corrigir e prestar suporte da melhor maneira", disse ao G1 Beniz.
Ao todo, 6,4 mil toneladas de farelo de soja são levadas ao Maranhão. A viagem deve durar quatro dias. A composição férrea saiu de Anápolis pela Norte-Sul até Açailândia, onde deve entrar na Estrada de Ferro dos Carajás para chegar ao Porto de Itaqui.
Se a carga fosse transportada por rodovias, seria necessário usar 200 caminhões. Gerente da indústria responsável pelo carregamento, Osmar Albertine acredita que substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário é uma grande vantagem.
“Com a Norte-Sul, a gente ganha em logística, os vagões são maiores. Numa composição, você consegue transportar mais produtos, com isso, chegar mais rápido no porto, embarcar mais rápido nos navios e uma logística completa muito mais ágil”, explicou Albertine.
A previsão é que até o fim do ano 21 mil toneladas de cargas passem pelo trajeto. Outros três carregamentos devem ser feitos ainda neste ano. Segundo Beniz, nas próximas viagens, os trens devem rodar 24 horas.
Irregularidades
Denúncias de irregularidades marcam a construção da ferrovia. Devido à demora da obra, a Valec não sabe precisar quanto de dinheiro foi gasto, no entanto, estima-se que foram cerca de US$ 8 milhões.
Em novembro, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) ofereceu denúncia contra oito pessoas suspeitas de superfaturar obras da Ferrovia Norte-Sul no estado. Todos eles devem responder por peculato e, se condenados, podem pegar até 12 anos de prisão.
Entre elas, está o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha das Neves, que chegou a ser preso em julho de 2013 durante a Operação Trem Pagador da Polícia Federal, sob suspeita de superfaturamento e desvio de verbas. Um novo presidente assumiu a empresa e pediu mais R$ 400 milhões ao governo federal para andamento dos trabalhos.
O prejuízo com cargas que deixaram de ser transportadas, perdas e impostos não arrecadados pode chegar a US$ 12 bilhões por ano, segundo a Valec. Com o uso da ferrovia, empresários de Anápolis esperam reduzir o valor pago no frente em até 30%.
Após ser adiada, a primeira viagem comercial oficial pela Ferrovia Norte-Sul saiu de Anápolis, a 55 km de Goiânia, às 6 horas desta quinta-feira (10), em direção ao Porto de Itaqui, em São Luís, no Maranhão. O trem é composto por três locomotivas, que tracionam 80 vagões carregados de farelo de soja.
A viagem é realizada mais de um ano e meio depois da inauguração do primeiro trecho goiano da ferrovia, em maio de 2014, e de mais de 26 anos do início da construção da ferrovia. Segundo a Valec Engenharia Construções e Ferrovias, responsável pelas obras, a Norte-Sul está totalmente apta para operar. Uma operação teste havia sido feita anteriormente.
saiba mais
“A ferrovia está toda executada, 100% sinalizada, com todas as licenças de operações emitidas pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (Antt) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em dia. Então a ferrovia está 100% apta para operar”, garante o gerente regional da Valec, Charles Beniz.
Inicialmente, o trem deveria partir na quarta-feira (9). No entanto, houve um problema no carregamento dos vagões e a Valec optou por adiar a viagem para a manhã desta quinta-feira.
“O carregamento funciona através de energia elétrica, faltou energia por quatro horas e atrasou o carregamento. Como é a primeira viagem, preferimos iniciar hoje e fazer o transporte durante o dia para que, caso ocorra algum problema, possamos corrigir e prestar suporte da melhor maneira", disse ao G1 Beniz.
Ao todo, 6,4 mil toneladas de farelo de soja são levadas ao Maranhão. A viagem deve durar quatro dias. A composição férrea saiu de Anápolis pela Norte-Sul até Açailândia, onde deve entrar na Estrada de Ferro dos Carajás para chegar ao Porto de Itaqui.
Se a carga fosse transportada por rodovias, seria necessário usar 200 caminhões. Gerente da indústria responsável pelo carregamento, Osmar Albertine acredita que substituir o transporte rodoviário pelo ferroviário é uma grande vantagem.
“Com a Norte-Sul, a gente ganha em logística, os vagões são maiores. Numa composição, você consegue transportar mais produtos, com isso, chegar mais rápido no porto, embarcar mais rápido nos navios e uma logística completa muito mais ágil”, explicou Albertine.
A previsão é que até o fim do ano 21 mil toneladas de cargas passem pelo trajeto. Outros três carregamentos devem ser feitos ainda neste ano. Segundo Beniz, nas próximas viagens, os trens devem rodar 24 horas.
Irregularidades
Denúncias de irregularidades marcam a construção da ferrovia. Devido à demora da obra, a Valec não sabe precisar quanto de dinheiro foi gasto, no entanto, estima-se que foram cerca de US$ 8 milhões.
Em novembro, o Ministério Público Federal em Goiás (MPF-GO) ofereceu denúncia contra oito pessoas suspeitas de superfaturar obras da Ferrovia Norte-Sul no estado. Todos eles devem responder por peculato e, se condenados, podem pegar até 12 anos de prisão.
Entre elas, está o ex-presidente da Valec, José Francisco das Neves, conhecido como Juquinha das Neves, que chegou a ser preso em julho de 2013 durante a Operação Trem Pagador da Polícia Federal, sob suspeita de superfaturamento e desvio de verbas. Um novo presidente assumiu a empresa e pediu mais R$ 400 milhões ao governo federal para andamento dos trabalhos.
O prejuízo com cargas que deixaram de ser transportadas, perdas e impostos não arrecadados pode chegar a US$ 12 bilhões por ano, segundo a Valec. Com o uso da ferrovia, empresários de Anápolis esperam reduzir o valor pago no frente em até 30%.
REITORES E MOVIMENTOS SOCIAIS DECLARAM APOIO A DILMA CONTRA O GOLPE
Reitores e pró-reitores de 41 universidades e institutos técnicos entregaram ao ministro Ricardo Berzoini uma carta de manifestação contrária à abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff; "Manifestamos veementemente posição contrária a qualquer tentativa de confisco à democracia", afirmou o representante dos reitores, Marcelo Machado; Berzoini também recebeu representantes da Frente Brasil Popular, que reúne movimentos sociais como a CUT, MST, UNE, Contag e Marcha Mundial das Mulheres
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