terça-feira, 8 de agosto de 2017

Arcebispo que liderou o “Fora Dilma” é expulso da igreja por desvio de dinheiro e pedofilia



Padre Fabiano, à esquerda, foi preso em flagrante delito e, se condenado, pode pegar até 15 anos de prisãoDivulgação/Arquidiocese de Uberaba/Reprodução/Veja

No mesmo sábado (4) em que o Papa Francisco determinou a destituição de bispos que acobertassem casos de pedofilia na Igreja Católica, um sacerdote da Arquidiocese de Uberaba (MG), o padre Fabiano Santos Gonzaga, de 28 anos, foi acusado de abusar sexualmente de um menor de idade, em Caldas Novas (GO). 
O caso virou tema de uma reportagem de capa da revista Veja desta semana. 
De acordo com a publicação, a agressão sexual aconteceu na sauna de um clube termal onde ambos estavam hospedados. O garoto de 15 anos, portador de deficiência mental, é de Brasília e estava hospedado junto com a mãe, que não estava com ele no momento do abuso.
A revista cita um relato da própria vítima, registrado em inquérito policial que corre em segredo de Justiça, de que o padre Fabiano  entrou na sauna e havia um homem de 60 anos lá dentro.
Gonzaga esperou o homem sair para se aproximar do garoto e puxar conversa. Em seu relato, o menino diz ter sido beijado na boca e tocado em seu órgão sexual e que quando quis deixar o lugar, Fabiano o impediu.
O rapaz ainda diz, segundo a revista, que o padre bloqueou a porta, exibiu seu pênis e que só o deixaria sair dali se praticasse sexo oral. Com medo, o menino obedeceu e, segundo o relato, o religioso ejaculou em sua boca. O garoto diz ter saído da sauna e corrido para lavar a boca no banheiro.
Saindo da sauna, o garoto foi procurar a mãe, que estava no restaurante com duas amigas, e disse a ela que queria ir embora porque “precisava escovar os dentes”.
A mãe notou que a agitação do garoto era fora do comum e pediu a ele que contasse o que havia acontecido. Assim que ele contou, ela foi ao encontro do padre, que estava à beira da piscina, acompanhado por amigos.
Tomada pelo senso de proteção maternal, a mãe, segundo a revista, gritava “por que você fez isso com meu filho?” enquanto o padre continuava calado.
A mãe do garoto, que teve seu nome mantido em sigilo na entrevista que deu à revista, diz que o garoto ficou apático depois do ocorrido, não quer mais ir à escola e não quer mais alar sobre o que aconteceu com ele, nem com o próprio pai.
O menino de 15 anos é alto para sua idade, mas, por causa da deficiência, tem idade mental equivalente à de um garoto de 9 anos.
— Ele mede 1,78 metros, mas é bebezão de tudo. Ele não está preparado para esse tipo de situação e, mesmo que não tivesse problemas, acho que não conseguiria se defender. Ele foi impedido de sair (da sauna), seguraram a porta. Ficou sem ação, apavorado.
A mãe diz que teve que se controlar porque o pânico dela fazia com que o garoto ficasse cada vez mais assustado. Porém, ela não tem dúvida nenhuma de que o episódio aconteceu como seu filho contou.
— Ele não mente. E relatou a mesma coisa toda as vezes que lhe perguntaram.
Para ela, a pior parte da história foi descobrir que o agressor de seu filho é um padre católico.
— Na hora em que eu o ouvi declarando a profissão na delegacia, quase morri. (...) Meu filho fez a primeira comunhão e seria 

crismado no ano que vem. Adora ir à igreja. Toda vez que eu vou à missa, ele vai. Foi uma decepção. 
A advogada de defesa do padre, Lorena Paixão Nascimento, alega que ele é inocente e só conversou com o garoto por "cerca de 50 segundos".
Por outro lado, a reportagem da revista Veja aponta mentiras no depoimento que o Padre deu à polícia. Em um deles, o padre diz que não poderia ter abusado do adolescente, já que é heterossexual e celibatário. Segundo a reportagem, ele não é nem uma coisa, nem outra. No aparelho celular do padre, que foi apreendido pela polícia, há registro de conversas eróticas com mais de cinquenta homens desde outubro de 2014. Muitas incluem trocas de nudes, inclusive do padre, que, no mesmo período, marcou encontros com 38 homens.
Para a delegada responsável pelo caso, Sabrina Leles de Miranda, orientação sexual não está em julgamento neste caso, mas precisa ser levada em conta.
— Ser homossexual não incrimina ninguém, mas, nesse caso, o padre está acobertando sua verdadeira orientação sexual para se livrar de uma acusação grave.
Em seu segundo depoimento, realizado na terça-feira (7/6), o padre compareceu acompanhado da advogada e, quando questionado a respeito das imagens em seu aparelho celular, preferiu ficar em silêncio.
No mesmo dia, uma testemunha se apresentou voluntariamente e prestou depoimento contra o padre. De acordo com ela, que estava no mesmo clube em que o ato ocorreu, minutos antes da agressão pela qual o padre está sendo acusado, Fabiano passou pela família e ficou olhando de forma “erotizada” para ele e para os filhos, que são crianças. O depoimento foi incluído no inquérito porque confirma a conduta do agressor.
A arquidiocese de Uberaba (MG), responsável pela paróquia da cidade de Frutal onde o agressor mora e trabalha, informou que o padre Fabiano está suspenso de suas funções de sacerdotais por tempo indeterminado.
Vaticano contra a pedofilia
O título da Carta Apostólica com que o papa Francisco fechou o cerco contra pedófilos é “Como Uma Mãe Amorosa”.
Segundo o texto, os bispos que forem negligentes em relação a abusos sexuais envolvendo menores poderão ser removidos dos seus cargos.
As normas ditadas pela carta, segundo a Rádio Vaticano, entram em vigor a partir de setembro.
fonte...http://noticias.r7.com/cidades/revista-conta-detalhes-de-caso-de-pedofilia-praticado-por-padre-catolico-em-goias-11062016





O Vaticano anunciou nesta quarta-feira que o papa Francisco aceitou a renúncia do arcebispo da Paraíba (Brasil), após uma investigação da Santa Sé sobre um escândalo de pedofilia. Dom Aldo esteva à frente da Igreja Católica na região de João Pessoa há 12 anos. Antes, ele foi bispo em Sobral, no interior do Ceará.  O papa “aceitou a renúncia” de Aldo Di Cillo Pagotto, afirma o comunicado divulgado pelo Vaticano, sem revelar mais detalhes.  De acordo com a imprensa italiana, o religioso ítalo-brasileiro de 66 anos é suspeito de ter abrigado em sua diocese padres e seminaristas acusados de abusar sexualmente de menores e expulsos por outros bispos.  Em sua carta de renúncia (confira íntegra), Dom Aldo afirma que cometeu erros “por confiar demais, numa ingênua misericórdia”. “Acolhi padres e seminaristas, no intuito de lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos, posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade exigida no sagrado ministério”, prossegue. Depois do início da investigação do Vaticano, em 2015, Di Cillo Pagotto recebeu a determinação de não ordenar padres ou receber novos seminaristas. Sgundo a imprensa italiana, o caso teria vindo à tona com a carta de denúncia de uma jovem mulher. O papa Francisco decidiu no início de junho pressionar a hierarquia católica a abrir caminho para o afastamento de padres culpados por negligência envolvendo casos de pedofilia dentro da Igreja.  Francisco criou uma instância judiciária para julgar os padres pedófilos e instituiu uma comissão internacional de especialistas encarregados de propor medidas de prevenção desses casos.
FONTE:
HTTP://WWW.WEBTVCENTRAL.COM.BR/NOTICIA.PHP?NOT_ID=299
HTTP://G1.GLOBO.COM/PB/PARAIBA/NOTICIA/2016/09/EX-SEMINARISTA-DA-PB-DIZ-TER-SOFRIDO-ASSEDIO-SEXUAL-DE-BISPO-DOM-ALDO.HTML
HTTP://VEJA.ABRIL.COM.BR/BRASIL/QUANDO-VOCE-MEXE-NO-BOLSO-VEM-AS-REACOES-DIZ-BISPO-ACUSADO-DE-PROTEGER-PADRES-PEDOFILOS/
HTTP://G1.GLOBO.COM/PB/PARAIBA/NOTICIA/2016/07/PAPA-ACEITA-RENUNCIA-DE-DOM-ALDO-E-ANUNCIA-NOVO-ADMINISTRADOR-PARA-PB.HTML
HTTP://DESACATO.INFO/ARCEBISPO-QUE-LIDEROU-O-FORADILMA-NA-PARAIBA-E-EXPULSO-DA-IGREJA-ACUSADO-DE-DESVIO-DE-DINHEIRO-E-PEDOFILIA/
HTTP://WWW1.FOLHA.UOL.COM.BR/PODER/2016/07/1789215-CASO-DE-ARCEBISPO-E-O-DE-MAIS-ALTA-PATENTE-ENTRE-ESCANDALOS-DE-PEDOFILIA.SHTML
FONTE
https://aconteceuviroumanchete.wordpress.com/2017/08/02/arcebispo-que-liderou-o-foradilma-e-expulso-da-igreja-por-desvio-de-dinheiro-e-pedofilia/
Carta aberta aos Irmãos Bispos do Regional NE 2 da CNBB, ao Clero e ao Povo de Deus da Igreja Particular da Paraíba.
Invocando o santo nome de Deus Uno e Trino, coloco-me sob a proteção da Imaculada Virgem Maria e, em espírito de oração, discernimento e obediência, apresentei ao Santo Padre, o Papa Francisco, o meu pedido de renúncia ao governo pastoral da Arquidiocese da Paraíba. Cito sumariamente alguns fatores que me obrigam a tal atitude.
1. Ao longo de 12 anos, preposto ao governo pastoral desta Arquidiocese, tentei desenvolver a missão evangelizadora e pastoral que o Senhor me confiou junto ao Clero, aos cristãos fieis, às autoridades constitucionais e às lideranças institucionais, seguindo o lema: %u201CHá um só Corpo e um só Espírito%u201D (Ef 4, 4).
- Minha intenção sempre se voltou à promoção da comunhão na caridade, tentando participar de forma proativa na edificação da Igreja fraterna e solidária, e da construção da sociedade com inclusão e justiça social.
- Tentei doar o melhor de mim mesmo, não obstante as sérias limitações de saúde, ademais das repercussões no equilíbrio emocional, causadas pela constante necessidade de superar conflitos inevitáveis, advindos de reações ao meu modo de ser e de agir.
2. Tomei decisões enérgicas e inadiáveis em relação à reorganização da administração, finanças e recuperação do patrimônio da Arquidiocese, sempre em sintonia com o nosso ecônomo. Embora tenha sido exitoso, desinstalei e desagradei muita gente, por razões facilmente presumíveis.
- Acolhi padres e seminaristas, no intuito de lhes oferecer novas chances na vida. Entre outros, alguns egressos, posteriormente suspeitos de cometer graves defecções, contrárias à idoneidade exigida no sagrado ministério. Cometi erros por confiar demais, numa ingênua misericórdia.
- Tomei posições assertivas diante de políticas públicas estruturais em vista do desenvolvimento integral de nossa gente e de nossa terra. Evitei %u201Cficar em cima de muro%u201D. Foi inevitável acolher reações e interpretações diferentes, independente de minha reta intenção de não me imiscuir na esfera político-partidária, e jamais almejar algum poder de ordem temporal.
3. Não tardaram retaliações internas e externas, ademais da instauração de um clima de desestabilização urdida por grupos de pressão, incluindo os que se denominaram %u201Cpadres anônimos%u201D, escudados no sigilo da fonte de informações, obtendo ampla cobertura num jornal. Matérias sobre a vida da Igreja da Paraíba, descritas em forma unilateral, distorcida, provocatória, foram periodicamente veiculadas, seguidas de comentários arbitrários por várias redes sociais.
- A exemplo, um blog divulgou carta difamatória, envolvendo o arcebispo e vários sacerdotes, arbitrariamente expostos ao escárnio público. As redes sociais encarregaram-se de espalhar comentários peregrinos e duvidosos. A presumida autora da carta responde em foro criminal.
4. A ideia obsessiva espalhada intenciona afirmar à fina força que o clero esteja dividido, que o governo da Arquidiocese esteja desestabilizado, e que, nesse contexto, o arcebispo perdeu a capacidade de coordenação e, por fim, não vale à pena ordenar padres numa igreja dividida.
5. Esse sucinto relato sobre fatos amplia-se em relatórios que eu enviei à Nunciatura Apostólica no Brasil e às demais instâncias da Santa Sé, como pedido de compreensão e ajuda, porquanto eu não tenha nada a esconder. Sabe-se que outro dossiê foi enviado às mesmas instâncias, por parte de membros do Clero e de leigos.
6. Por tanto tumulto, embora eu esteja sofrendo muito, permito-me afirmar que conservo a minha consciência em paz. Sempre estarei disposto a corrigir rumos, a reorientar passos, a confirmar êxitos alcançados, contando com a graça de Deus e também com a efetiva presença de bons padres, religiosos presbíteros e de bons leigos e leigas, qualificados como forças vivas de nossa amada Igreja Particular da Paraíba.
7. Auto-elogio e passividade não fazem parte do meu feitio. Deus sabe o que faz e o tempo é juiz da história. Minha nonna (avó) dizia: %u201Cquando alguém te caluniar e tentar destruir tua vida, tua resposta seja o silêncio e mais trabalho, não se rebaixando ao nível mesquinho do espírito da treva%u201D.
8. Passo por duras provações, sentindo a frustração de alguns sonhos que, entanto, entrego nas mãos de Deus. Que a minha vida seja para a maior glória de Deus, não para a busca de mim mesmo e de outros interesses que não provenham do Senhor. Comigo sofrem muitas pessoas e comunidades. Todos esperam em Deus que tem saídas inesperadas para os impasses criados. Não há mal do qual Deus não tire um bem maior!
- Penso que eu não tenha o direito de provocar ou de prolongar sofrimentos ainda maiores, especialmente aos jovens que esperam servir a Deus na vida sacerdotal nesta Igreja da Paraíba que tanto nós todos amamos.
9. Creio que o melhor, pelo momento, para a Igreja Universal e para a Igreja Particular da Paraíba, seja a minha renúncia. Ante o desgaste enfrentado, sinto-me no dever de evitar comprometer a Unidade na Caridade, a expressão característica e essencial da Igreja de Jesus Cristo.
- Sinto-me fortalecido na fé, cultivando a espiritualidade eucarística e marial. O Senhor é meu Pastor. Ele não me faltará (Sl 23). Ele me dará forças, sustentar-me-á ao longo das provações, impulsionando-me a fazer o dom de mim mesmo para a continuidade da missão que Ele ainda me confia. Há muitos espaços e oportunidades. Estou disposto a buscá-los, pedindo a Deus que me mostre o lugar onde eu possa ser útil, a começar pela minha Congregação do Santíssimo Sacramento, que eu tanto amo.
10. Deixo registrado o meu pedido sincero de perdão às pessoas a quem eu tenha feito sofrer, voluntária ou involuntariamente. Cometi erros, acertei passos, estou disposto a caminhar com quem queira caminhar, construindo dias melhores para todos, superando o apego a cargos, títulos, privilégios.
- Peço perdão a Deus e perdôo os que me fizeram sofrer muito. Não há nada de oculto que um dia não venha a ser revelado e proclamado pelos tetos. Nem devemos temer quem mata o corpo, mas não o espírito (Lc 12, 1-4).
11. Passo, em obediência, o comando da Arquidiocese para um Irmão mais jovem, com forças, coragem e capacidade para tomar rumos acertados, mostrados pelo Pai de amor e misericórdia, o Senhor da vida!
- Sigo o exemplo de SS. o Papa Bento XVI, dando o espaço àquele que Deus enviar para o bem de sua Igreja.
12. Sirvo-me, pois, da 2ª Carta de Paulo aos Coríntios (2 Cor. 4, 1 ss) para expressar meus sentimentos e auspícios: %u201CDetentores desse ministério, nós não perdemos a coragem. Dissemos não aos procedimentos secretos e vergonhosos. Conduzimo-nos sem duplicidade e não falsificamos a Palavra de Deus%u201D (...) %u201CNão é a nós mesmos, mas a Jesus Cristo Senhor que nós proclamamos. Mas este tesouro nós o guardamos em vasos de argila, para que o poder incomparável seja de Deus e não nosso. Pressionados de todos os lados, não somos esmagados; em impasses, nós conseguimos passar; perseguidos, mas não alcançados; prostrados por terra, mas não liquidados. Sem cessar trazemos em nosso corpo a agonia de Jesus, a fim de que a vida de Jesus seja manifestada em nosso corpo%u201D.
13. Oro e desejo de todo o meu coração que a Igreja Particular da Paraíba prospere na ação evangelizadora e pastoral, seja fecunda na promoção da unidade interna e das obras de apostolado externo, abençoado por Nosso Senhor e por Nossa Senhora das Neves, nossa padroeira.
- Que cresça sempre mais em qualidade e em número de cristãos fiéis, que dêem testemunho do Evangelho de Jesus, pela palavra e pelos exemplos de vida, vivida na unidade e no amor. Em tudo, amar e servir, unidos a Nosso Senhor, qual ramos à videira, para que se produzam muitos frutos (cf. Jo 15, 1s).
- Deixo o território material da Paraíba. Espiritualmente, porém, a pequenina gigante, a Paraíba, nunca sairá do meu coração, agradecido pelo muito que aprendi com o espírito guerreiro, hospitaleiro e amoroso de nossa gente.
- Deixo a todos e todas, além de minha constante prece, um forte abraço, um beijo no coração e as saudades jamais saciadas, na esperança de quando em vez voltar para visitar as mil amizades sinceras e fraternas, a quem agradeço e a quem eu quero bem de verdade.
João Pessoa (PB), 6 de julho de 2016
+ Aldo di Cillo Pagotto, sss
Arcebispo Emérito da Paraíba
FONTE
http://www20.opovo.com.br/app/maisnoticias/mundo/2016/07/06/noticiasmundo,3632598/veja-na-integra-a-carta-de-renuncia-de-dom-aldo-pagotto.shtml

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