5/1/2014 15:16
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA
Por Redação, com agências internacionais - de Nova York, EUA
Economista-chefe da Agência Internacional de Energia, Fatih
Birol afirmou, neste domingo, que o Brasil será uma das futuras
potências energéticas. Birol foi um dos convidados ao lançamento da
edição deste ano do catálogo World Energy Outlook 2013, publicação anual
da Agência Internacional de Energia (AIE) das Nações Unidas (ONU), que apresenta perspectivas analíticas sobre tendências nos mercados de energia. O Brasil foi um dos destaques da publicação.
O engenheiro graduado da Universidade de Istambul, na Turquia, Fatih Birol, editor do catálogo World Energy Outlook,
é reconhecido mundialmente por suas análises estratégicas da energia no
mundo. Birol também integra o Conselho de Negócios em Energia da IEA
que, anualmente, promove um fórum de cooperação entre as indústrias de
energia e os setores governamentais que estabelecem as políticas
regionais no setor.
– Alguns países que têm sido importadores de energia por muitos anos
estão virando exportadores, como os Estados Unidos, em termos de gás
natural. E o Brasil, em 2015, será um exportador de petróleo
significativo – disse a jornalistas.
Diretora executiva da AIE, a cientista social Maria Josephina
Arnoldina van der Hoeven, ex-deputada do Parlamento holandês pela
legenda do Partido Cristão Democrático (CDA, na sigla em inglês), também
reconheceu o avanço brasileiro neste segmento econômico.
– Em 2035, o Brasil terá deixado de importar gás e óleo, passando a
ser exportador dos dois produtos. O país é uma força emergente na
produção de gás e estará entre os líderes da exploração de petróleo em
águas profundas e no desenvolvimento (de fontes energéticas) de baixa
emissão de carbono – afirmou em seu discurso.
Van der Hoeven também situa o Brasil entre os líderes mundiais no domínio das energias renováveis
e aposta que o país “praticamente duplicará” essa produção a partir de
fontes renováveis em 2035, mantendo sua quota de 43% na matriz
energética nacional. Na projeção da AIE, a foco do setor continuará
sendo a geração de energia a partir das usinas hidrelétricas, apesar de a
dependência dessa fonte tender a declinar “em parte devido ao
afastamento e à sensibilidade ambiental de muitos recursos
remanescentes, situados principalmente na Amazônia”.
Birol afirma ainda que no novo contexto, o Oriente Médio vai ganhar cada vez mais destaque:
– Em poucos anos, o consumo de petróleo no Oriente Médio será
equivalente ao da China hoje. E isso tem uma série de implicações, na
geopolítica, nos mercados de petróleo, no preço – previu.
http://correiodobrasil.com.br/meio-ambiente/energia/agencia-da-onu-insere-o-brasil-entre-lideres-mundiais-na-producao-de-energia/675168/?fb_action_ids=6561774344255
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