terça-feira, 30 de abril de 2013

Cabral nega articulação para nomear filha de Fux como desembargadora


Valor Online
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O governador Sérgio Cabral negou ter conhecimento sobre uma possível articulação visando a nomeação da filha do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux para o cargo de desembargadora do Tribunal de Justiça do Estado do Rio.
Advogada do escritório de Sérgio Bermudes, Marianna Fux disputa uma vaga do quinto constitucional, reservada à Ordem dos Advogados do Brasil, no TJ-RJ. A seleção começa com uma lista de seis candidatos enviada para a apreciação dos desembargadores em atividade. Eles selecionam três dos candidatos, dentre os quais o governador Cabral escolherá o vencedor.
No próximo dia 26, o ministro Fux vai celebrar seu aniversário de 60 anos na casa do advogado Sérgio Bermudes, no Rio. De acordo com o jornal "Folha de São Paulo", entre os convidados estão todos os 180 desembargadores do Tribunal de Justiça do Rio, o governador Sérgio Cabral e o prefeito do Rio, Eduardo Paes, além de todos os ministros do Superior Tribunal Federal.
"Eu nunca ouvi falar disso, a mim nunca chegou esse assunto", afirmou Cabral. "Agora, que ela é uma advogada brilhante e respeitada, ela é. Conheço ela do escritório do Sérgio Bermudes. Conheço ela como advogada". Hoje à tarde, Cabral e Paes negaram terem sido convidados para a festa.
O governador comentou ainda o processo de licitação para a administração do Maracanã. "Pelo que ele vai representar de equipamento, não tem cabimento o governo administrar", afirmou. "A gente defende que aeroporto seja concessionado, imagina o Maracanã na mão da Suderj? Chega, companheiro".
Cabral, no entanto, não comentou as críticas do Ministério Público Estadual ao processo de licitação do estádio. Para o MP, o processo de licitação do estádio contém diversas irregularidades.
O órgão vê favorecimento à IMX, do empresário Eike Batista, única empresa a apresentar estudo de viabilidade técnica e econômica para o estádio, o que, segundo o MP, viola as condições necessárias de igualdade de informações para a concorrência. O MP aponta ainda que diversas obras previstas no edital, como as demolições do parque aquático Júlio Delamare e do estádio de atletismo Célio de Barros não são necessárias para a realização da Copa do Mundo de 2014 ou da Olimpíada de 2016, como aponta o edital.
Ontem, os dois consórcios participantes da concorrência entregaram suas propostas à comissão de licitação do estádio. A IMX concorre ao lado da construtora Odebrecht e da administradora de arenas AEG. Do outro lado estão a construtora OAS e as administradoras de estádios Amsterdam Arena, da Holanda, e a francesa Lagardere Unlimited.


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