quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Lixão em Seropédica: polêmica reacende Moradores de Chaperó denunciam que cheiro de chorume tem causado transtornos


O forte cheiro de chorume, substância produzida em função da decomposição de lixo na Central de Tratamento de Resíduos Santa Rosa (CTR), em Seropédica, começa a alterar a rotina de moradores do bairro Chaperó, em Itaguaí. A denúncia foi enviada a Comissão de Meio Ambiente da Câmara de Vereadores do município e reacende a polêmica quanto à instalação do lixão naquele local, onde, também, está situado o Aquífero de Piranema.
Entrada e saída de caminhões é intensa na CTR Seropédica (Foto: Francisco Leão/ Jornal Atual)
Entrada e saída de caminhões é intensa na CTR Seropédica (Foto: Francisco Leão/ Jornal Atual)
Segundo a moradora Adelinilse Lopes, os transtornos começaram há mais de quatro meses e os efeitos podem ser sentidos de longe. Ela descreve que o cheiro é insuportável e está prejudicando toda a comunidade local. “Já sabíamos que isso poderia acontecer. Desde a implantação desse lixão aqui nós nunca mais tivemos sossego”, lamenta a moradora.
Adelinilse Lopes: aqui não dá para ficar (Foto: Francisco Leão)
Adelinilse Lopes: aqui não dá para ficar (Foto: Francisco Leão)
Ela acrescenta que é na madrugada e ao anoitecer que o mau cheiro fica mais intenso. Inconformada com a situação, Adelinilse diz está estudando a possibilidade de se mudar do lugar. “Estou pensando em vender minha casa. Aqui não dá para ficar. Lutamos tanto para ter água encanada, luz, e o lixão vem e acaba com tudo”, indigna-se a moradora, destacando, inclusive, que os imóveis sofreram desvalorização.
A dona de casa, Joana D’arc da Costa avalia que a situação só tende a piorar. “A gente reclamou contra a chegada desse lixão e não adiantou. Se os grandes não tivessem aprovado o projeto, não teria vindo. Por enquanto só tem cheiro, depois vão aparecer mosquitos e insetos”, ressaltou a dona de casa.
Joana da Costa: reclamamos contra a chegada desse lixão e não adiantou (Foto: Francisco Leão)
Joana da Costa: reclamamos contra a chegada desse lixão e não adiantou (Foto: Francisco Leão)
A moradora Adriana Gomes argumenta que foi informada que o cheiro é devido o fluxo de caminhões que transportam os resíduos para o aterro. “Acredito que não há nada o que fazer. Agora é só esperar para ver o que vai acontecer”, diz.
“Na minha casa ratos e moscas tem aparecido com frequência, o que antes não tinha. Os animais estão sumindo e nós não podemos mais cavar poços artesiano”, finaliza a professora Alaudineia Costa, ressaltando que a preocupação é maior com bacia de chorume que não ficará muitos distantes das Ruas 22 e 23 que tem acesso direto ao aterro.
Alaudineia Costa: Na minha casa ratos e moscas tem aparecido com frequência (Foto: Francisco Leão)
Alaudineia Costa: Na minha casa ratos e moscas tem aparecido com frequência (Foto: Francisco Leão)

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