BRASÍLIA - A Controladoria Geral da União (CGU) informou nesta sexta-feira que 541 servidores foram expulsos do funcionalismo federal em 2015 em meio ao esforço do governo pelo combate à impunidade. O total de 447 demissões é recorde no comparativo do governo Dilma Rousseff, iniciado em 2011 sob o mote da “faxina ética” - que levou a demissões no primeiro e segundo escalão do governo.
O balanço divulgado pela CGU contempla ainda 53 cassações de aposentadorias e 41 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Os dados não incluem empregados de empresas estatais, como Caixa, Correios e Petrobras.
A principal motivação para expulsões foi a comprovação da prática de atos relacionados à corrupção, com 332 das penalidades aplicadas ou 61,4% do total. Abandono de cargo, a acumulação ilícita de cargos são as motivações seguintes, com 138 dos casos. Outra razão foi a participação em gerência ou administração de sociedade privada.
A CGU destacou que os servidores apenados, nos termos da chamada Lei da Ficha Limpa, ficam inelegíveis por oito anos. A depender do tipo de infração cometida, informou a CGU, também podem ficar impedidos de voltar a exercer cargo público. Os envolvidos tiveram amplo direito à defesa, conforme prevê a legislação do funcionalismo público.
Agora sujou: Marcos Valério quer fazer delação; Te segura PSDB
Embora seja personagem principal da Ação Penal 470, também conhecida como Mensalão do PT, onde Marcos Valério foi condenado a 37 anos de prisão, o publicitário que cumpre pena em Minas Gerais, também é personagem central do Mensalão Mineiro ou Mensalão Tucano que o ocorreu na mesma época do Mensalão do PT.
Na realidade, o “mensalão” não existiu, foi criado pela imprensa, pois a palavra “mensalão” vem de “mesada” ou “pagamento mensal”, sendo que o que ocorreu foi um único pagamento em forma de propina paga pelo publicitário Marcos Valério aos envolvidos.
Mas porque somente agora ele quer colaborar com a justiça?
Segundo o advogado de defesa do publicitário, Dr. Marcelo Leonardo, seu cliente, em vezes anteriores, já colaborou com a Procuradoria-Geral da República (PGR), mas acabou não tendo nenhum benefício.
Agora, o publicitário quer ajudar, mas o advogado disse que “o Marcos manifestou a disposição de ajudar na investigação, como já colaborou em oportunidades anteriores, desde que, de fato, o Ministério Público Federal se disponha a fazer um acordo de delação premiada.”
“Em setembro de 2012, ele [Marcos Valério] prestou depoimento à PGR, no qual narrou fatos que agora, no final do ano, a Operação Lava Jato apurou, por ocasião da prisão do José Carlos Bumlai. Quando o Marcos já tinha narrado outros episódios relativos a empréstimos feitos ao PT, como o envolvimento da Schahin. Isso não tinha sido objeto de investigação quando ele prestou o depoimento”, afirmou o advogado.
Tucanos preocupados
Só que para alguns, Marcos Valério está preocupado com o julgamento do Mensalão Tucuna, onde em dezembro passado, o ex-deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB) foi condenado, em primeira instância, a 20 anos e 10 meses de prisão, em regime inicialmente fechado, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. Azeredo foi apenas o primeiro condenado e isso acendeu a luz vermelha de alerta para os outros envolvidos, entre eles, o publicitário Marcos Valério.
A fraude no Mensalão Tucuna funcionava por meio de repasses estatais para o suposto patrocínio de eventos esportivos. As empresas, de acordo com a denúncia, repassavam a verba à empresa SMP&B, de Marcos Valério. O Banco Rural também consta no processo. Ele forneceria empréstimos às agências sem apresentação de garantias. Esses recursos abasteciam o esquema. (Veja Aqui).
O presidente do PSDB, senador Aécio Neves, segundo reportagem do Estadão, o tucano é citado em uma lista como sendo beneficiário de R$ 110 mil na campanha de 1998, quando era candidato a deputado federal. Em nota, sua assessoria negou o recebimento desses recursos e frisou que Aécio não é citado “no corpo do relatório da Polícia Federal”. (Veja Aqui).
Uma delação de Marcos Valério poderá ser bombástica. E se não for dessa vez, tenho certeza, quando chegar o momento dele depor sobre o Mensalão Tucano, o bicho vai pegar para a turma mineira do PSDB.
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