Na Suécia, a Igreja paga imposto. Por Claudia Wallin
Postado em 01 jan 2016
Grandes coisas fez o Senhor pelos pastores do Brasil neste ano da graça de 2015, e por isso eles estão alegres.
Pois assim disse a eles a Nossa Senhora da Perpétua Isenção Fiscal: vinde a mim, e eu vos aliviarei. E no quinto mês, Eduardo Cunha das Mercês e sua falange evangélica afastaram de vez das igrejas o demônio dos impostos que agora só atormenta os ímpios, aleluia. Desgraçados são os profanos suecos – ó homens de pouca fé! -, porque deles o tinhoso continuará a cobrar o seu quinhão.
“É claro que pagamos impostos”, diz a pastora sueca Ulla Marie Gunner, com a naturalidade com que um Malafaia pede o cartão de crédito de um fiel.
“Jesus já disse: ‘dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus’”, recita instantaneamente a pastora na igreja evangélica Immanuelskyrkan (Igreja de Emanuel), no centro de Estocolmo.
Ainda que eu falasse a língua dos anjos, não conseguiria explicar a Ulla Marie como foi que Eduardo Cunha conseguiu abrir o mar regimental do Congresso para a travessia do seu “jabuti”: a emenda da isenção tributária às igrejas foi incluída – na surdina – na MP 668, que tratava originalmente do aumento de impostos sobre produtos importados.
O milagre do imposto zero foi testemunhado por multidões paralisadas em um transe coletivo, conto à pastora. Ao som das harpas dos querubins, os pastores se regozijaram com a caridade dos congressistas e do povo, sempre de joelhos. Com Deus e Cunha no comando, revelo à incrédula religiosa sueca, foi criado no Brasil o 11.o mandamento: “Nada se pagará”.
É uma graça que não alcança os homens de boa fé da Suécia.
Como qualquer pastor sueco, Ulla Marie Gunner paga impostos sobre o salário e qualquer tipo de benefícios que recebe da igreja – incluindo casa, carro e eventuais ajudas de custo. E como toda igreja sueca, a Immanuelskyrkan é taxada pelo Leão por qualquer renda que não seja empregada para fins estritamente cristãos.
“E isso é o certo. A igreja deve ser parte da sociedade, e não uma entidade à parte, distanciada dos fiéis e da contribuição para o bem-estar coletivo”, diz a pastora.
Vou em busca de informações no Skatteverket, o Leão sueco, que afirma: só não há impostos sobre os imóveis ocupados pelos templos, e até o dinheiro das doações dos fiéis pode ser tributado – caso seja utilizado em benefício dos pastores, e não dos crentes.
“Se o pastor investir o dinheiro dos donativos em ações ou aplicações, terá que pagar impostos sobre os rendimentos, caso tais ganhos não sejam aplicados em atividades religiosas”, pontua Gunilla Landmark, analista fiscal do Skatteverket.
“Se o pastor ou a igreja comprarem uma fazenda, um hotel ou qualquer outro negócio com capital obtido através de doações de fiéis, também terão que pagar impostos. Se comprarem um imóvel ou um negócio no exterior, também pagarão impostos”, prossegue Gunilla.
O raciocínio sueco é o oposto do credo brasileiro: a Igreja, assim como também qualquer outra entidade sem fins lucrativos, paga impostos ao Estado.
“A premissa básica é a seguinte: todos, em uma sociedade, têm que pagar impostos e ser tratados de maneira igualitária. Tanto as igrejas, como os rebanhos”, resume a analista da autoridade fiscal sueca.
Não se pode controlar cada krona (coroa sueca, a moeda nacional), ela diz. Mas a autoridade fiscal detém, segundo Landmark, um eficiente sistema para verificar se as igrejas e os pastores estão fazendo o que devem.
“As igrejas devem comprovar que estão utilizando o dinheiro especificamente em obras de caridade e atividades afins”, diz Gunilla Landmark. “Se o dinheiro for empregado para fins religiosos, as igrejas podem ter certas deduções fiscais. Caso contrário, pagam impostos integrais”.
Na centenária Immanuelskyrkan, que congrega tradições batistas, calvinistas e metodistas, a pastora Ulla Marie confirma:
“Se servirmos café aos fiéis, ou ganharmos dinheiro de qualquer outra forma, temos que pagar impostos”.
Os tempos são outros: na Estocolmo dos anos 20, a hoje abastada Igreja de Emanuel era uma pobre congregação.
“Naquela época, muitos fiéis doavam porcos ou alimentos”, conta Ulla Marie. “Até a década de 60, nossa igreja vivia apenas dos donativos, e os pastores tinham que trabalhar o tempo todo para tentar obter doações dos fiéis”.
A partir dali, deu-se uma reviravolta – em vez de pedir dinheiro aos fiéis para suas atividades religiosas e de caridade, a Immanuelskyrkan resolveu entrar no mundo dos negócios.
“Várias congregações menores haviam se juntado a nós, ao longo dos anos, e todas tinham seus próprios bens. Aos poucos, fomos idealizando diferentes atividades, e hoje administramos um hotel, assim como diversos imóveis”, diz a pastora.
Estamos a poucos passos do hotel da congregação, o Birger Jarl. É um quatro estrelas, com mais de 270 quartos, no centro nobre de Estocolmo.
Para Ulla, gerir este e outros negócios é uma maneira bem mais eficiente de obter recursos, a fim de beneficiar as obras sociais da igreja:
“Somos hoje uma igreja muito rica, até porque somos muito bons administradores. E pagamos impostos por isso.”
A igreja de Ulla também possui asilos de idosos, assim como acomodações para estudantes. A Immanuelskyrkan recebe ainda contribuições da Prefeitura para gerenciar parte de suas obras sociais.
“Mas pagamos impostos por isso”, frisa a pastora. “Como pastores, temos ainda a possibilidade de viver em apartamentos de nossa igreja. Mas também somos taxados por isso.”
Vamos comparar: no Brasil, a fonte de renda das igrejas inclui, além do dinheiro recebido diretamente dos fiéis, a venda de bens e serviços e os rendimentos com ações e aplicações. É uma arrecadação bilionária, que apenas em 2011 representou R$ 20,6 bilhões. Só em benefícios fiscais, as organizações religiosas brasileiras recebem cerca de R$ 4 bilhões anualmente. Também não há tributação sobre ajudas de custo, como moradia e transporte para os pastores.
Com o “jabuti” de Cunha, os profissionais da fé ficaram livres da cobrança de impostos sobre as “comissões” que ganham por recolher mais fiéis, e mais dízimos. Muitos pastores recebem um salário baixo, que é tributável – o grosso vem por fora, com as “comissões” que, a título de ajuda de custo, chegam aos 100 mil reais. Sob as bênçãos do Congresso, as igrejas evangélicas poderão ainda conseguir a anulação de autuações fiscais que passam de 300 milhões de reais.
Na Suécia, só Jesus salva os pastores. Assim como no Brasil, qualquer pessoa pode abrir uma igreja aqui. Mas o primeiro ato obrigatório é registrar a congregação no Kammarkollegiet: trata-se da mais antiga autoridade pública do país, criada, nos idos de 1539, quanto o rei Gustav Vasa decidiu estabelecer uma agência dedicada a lidar com a coleta de impostos no reino.
“Uma vez registrada, a igreja recebe um código fiscal, que é repassado automaticamente a todas as autoridades fiscais”, diz Stefan Berg, um dos gerentes do Kammarkollegiet.
Pergunto à pastora Ulla Marie se ela considera os impostos excessivos, em se tratando de igrejas.
“A Igreja deve assumir suas responsabilidades na sociedade em que atua. Como cristãos, não podemos nos distanciar de nossas obrigações sociais e dizer, ‘não temos nada a ver com isso’”, acentua a pastora.
Poderá o Cristo Redentor, diante de tal revelação terrena, fechar os braços e bater palmas sobre a Guanabara.
Até lá, fica reproduzida abaixo uma mensagem natalina especial para os delegados da Receita Federal.
São falas cristãs extraídas de um vídeo que circula na internet, e que pode ser acessado aqui:https://www.facebook.com/emersonbhmg/videos/817050975081568/
Mensagem do Do Pastor Valdomiro – “O Trízimo”:
“No mês de dezembro, você não vai devolver só o de Deus, os 10%. Você vai dar 20% do seu, você vai ser fiel. Você vai tirar 30%, e vai falar assim, ‘Senhor, representando a Santíssima Trindade – o Pai, o Filho e o Espírito Santo”
Do Pastor RR Soares – “O Dízimo no Débito Automático”:
“Eu estou pedindo às pessoas que têm conta, que façam a opção de em vez de ir ao banco depositar, para descontar direto da conta. É mais fácil, vai dar menos trabalho para você. Porque o diabo consegue às vezes fazer com que nós esqueçamos deste compromisso”
De Marco Feliciano – “Dízimo em cheque, cartão de crédito ou jóias”:
“Seus filhos que acreditarem na oração deste profeta, e tiverem coragem de pegar dinheiro, cartão de crédito, jóias e ofertarem nesta noite (…) Ah, pastor, mas eu não sei o que fazer com o meu dinheiro! Esse problema não é seu. Esse problema é da igreja”
Do “Bispo” Edir Macedo, em reunião com seus pastores – “Como tomar dinheiro mais fácil”:
“Você nunca pode ter vergonha, timidez. Peça! Peça! Quem quiser dá. E se alguém não der, tem um montão que vai dar. Tem que ser no peito e na raça. Bota pra quebrar.”
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- Brasileira é campeã da Olimpíada Mundial de Engenharia Nuclear
A estudante Alice Cunha da Silva acaba de vencer a Olimpíada Mundial de universitários, promovida pela World Nuclear University, após a disputa com outros quatro finalistas nesta quinta-feira (17), em apresentação na sede da Agência Internacional de Energia Atômica, na Áustria. Depois de uma longa jornada para chegar à última fase, Alice, que está se formando em engenharia nuclear pela UFRJ, levou o troféu, com uma dissertação sobre a produção de radioisótopos.
A estudante passou por várias etapas antes de chegar à Áustria, incluindo a produção de um vídeo com o tema “Técnicas Nucleares para o Desenvolvimento Global”, a seleção do júri internacional, a busca para estar entre os cinco vídeos mais curtidos – que ela liderou, com cerca de 15 mil curtidas no Youtube – e o envio da dissertação.
Para conquistar apoio na internet, ela buscou ajuda em todas as partes que conseguiu, incluindo a ABDAN, os professores e os amigos que puderam se envolver na divulgação do vídeo. Quando o prazo foi encerrado, ela tinha mais do que o triplo de curtidas do que o segundo colocado. O trabalho foi voltado às aplicações médicas da engenharia nuclear, abordando os radioisótopos e ressaltando que a ciência nuclear também salva vidas.
A estudante atualmente trabalha na unidade brasileira da Westinghouse, onde atua na área de core engineering, também dando apoio às operações da empresa no Brasil. Enquanto isso, acompanha as discussões sobre o futuro do Programa Nuclear Brasileiro, na expectativa de que o País tome as decisões necessárias logo, permitindo a ampliação deste setor e o desenvolvimento da indústria nacional. A efetivação das novas usinas nucleares, por exemplo, pode ser um fator importante para as perspectivas de futuro no segmento brasileiro.
O exemplo da trajetória de Alice, que teve uma presença atuante desde o início dos estudos, em 2011, pode gerar um estímulo importante para novos cursos de graduação e novos olhares do Estado para essa carreira. Atualmente, há uma grande preocupação na área com a formação de novos quadros de mão de obra qualificada, já que a maior parte dos profissionais ativos na indústria vem de outras décadas e muitos devem se aposentar nos próximos anos.
A estudante mostrou desde o início da faculdade que podia contribuir com o segmento. Com apenas dois anos de ingresso na UFRJ, em 2013, ela teve um trabalho selecionado para uma conferência de estudantes da área nuclear realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), promovida pela American Nuclear Society (ANS). Além disso, foi uma das fundadoras da seção estudantil de engenharia nuclear latino-americana da ANS, estudou um ano no Departamento de Engenharia Nuclear da Pennsylvania State University, em 2014, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, e ainda fez um estágio de verão na sede da Westinghouse, em Pittsburgh, nos EUA.
A estudante Alice Cunha da Silva acaba de vencer a Olimpíada Mundial de universitários, promovida pela World Nuclear University, após a disputa com outros quatro finalistas nesta quinta-feira (17), em apresentação na sede da Agência Internacional de Energia Atômica, na Áustria. Depois de uma longa jornada para chegar à última fase, Alice, que está se formando em engenharia nuclear pela UFRJ, levou o troféu, com uma dissertação sobre a produção de radioisótopos.
A estudante passou por várias etapas antes de chegar à Áustria, incluindo a produção de um vídeo com o tema “Técnicas Nucleares para o Desenvolvimento Global”, a seleção do júri internacional, a busca para estar entre os cinco vídeos mais curtidos – que ela liderou, com cerca de 15 mil curtidas no Youtube – e o envio da dissertação.
Para conquistar apoio na internet, ela buscou ajuda em todas as partes que conseguiu, incluindo a ABDAN, os professores e os amigos que puderam se envolver na divulgação do vídeo. Quando o prazo foi encerrado, ela tinha mais do que o triplo de curtidas do que o segundo colocado. O trabalho foi voltado às aplicações médicas da engenharia nuclear, abordando os radioisótopos e ressaltando que a ciência nuclear também salva vidas.
A estudante atualmente trabalha na unidade brasileira da Westinghouse, onde atua na área de core engineering, também dando apoio às operações da empresa no Brasil. Enquanto isso, acompanha as discussões sobre o futuro do Programa Nuclear Brasileiro, na expectativa de que o País tome as decisões necessárias logo, permitindo a ampliação deste setor e o desenvolvimento da indústria nacional. A efetivação das novas usinas nucleares, por exemplo, pode ser um fator importante para as perspectivas de futuro no segmento brasileiro.
O exemplo da trajetória de Alice, que teve uma presença atuante desde o início dos estudos, em 2011, pode gerar um estímulo importante para novos cursos de graduação e novos olhares do Estado para essa carreira. Atualmente, há uma grande preocupação na área com a formação de novos quadros de mão de obra qualificada, já que a maior parte dos profissionais ativos na indústria vem de outras décadas e muitos devem se aposentar nos próximos anos.
A estudante mostrou desde o início da faculdade que podia contribuir com o segmento. Com apenas dois anos de ingresso na UFRJ, em 2013, ela teve um trabalho selecionado para uma conferência de estudantes da área nuclear realizada no Massachusetts Institute of Technology (MIT), promovida pela American Nuclear Society (ANS). Além disso, foi uma das fundadoras da seção estudantil de engenharia nuclear latino-americana da ANS, estudou um ano no Departamento de Engenharia Nuclear da Pennsylvania State University, em 2014, por meio do programa Ciência sem Fronteiras, e ainda fez um estágio de verão na sede da Westinghouse, em Pittsburgh, nos EUA.
Foto: divulgação
http://www.brasilengenharia.com/portal/cursos/14072-brasileira-e-campea-da-olimpiada-mundial-de-engenharia-nuclear
MAIS GLOBO E SEUS URUBOLÓGOS E ARAUTOS DO PESSIMISMO SÓ APREGOAM UM TAL DE CRISE....QUANDO DEVERIAM INFORMAR A VERDADE...O MUNDO INTEIRO AS ECONOMIAS ESTÃO EM DIFICULDADES E ALGUNS SETORES UNS TEM MAIS DIFICULDADES DO QUE OUTROS MAIS NADA QUE JUSTIFIQUE TANTO PESSIMISMO NEGATIVO....FORA GLOBO E MIDIA GOLPISTA...O POVO NÃO É BOBO..
Criadores de frangos do Paraná festejam os bons resultados do ano
Apesar da crise, o aumento nas exportações ajudou os criadores.
Produção de carne de frango no país deve crescer cerca de 3,5% este ano.
Os produtores de frango do Paraná estão comemorando os bons resultados, depois de um ano difícil para a nossa economia. O que ajudou foi o aumento das exportações.
Renato Kraft tem um aviário em Cascavel, no oeste do Paraná. Ele conta que mesmo com o custo de produção subindo 20%, por causa do preço da ração e da conta de luz, foi possível manter os ganhos.
O segredo do bom resultado está na exportação. Com o dólar na casa dos R$ 4, passou a valer mais a pena exportar o produto. Até o ano passado, a Cooperativa de Cascavel exportava 35% da carne produzida. Hoje, manda para fora do país 50% da produção.
Outra cooperativa que apostou neste mercado foi a Copacol, de Cafelândia. Neste ano, o frigorífico da empresa dobrou as exportações, de 70 mil para 150 mil toneladas de carne.
“Os custos de produção da avicultura subiram muito, por isso, o mercado interno sozinho não era suficiente para cobrir esses custos, então vieram as exportações, dobramos, e conseguimos equilibrar e ter um bom resultado”, explica Valter Pittol, presidente da Copacol.
Outra cooperativa que apostou neste mercado foi a Copacol, de Cafelândia. Neste ano, o frigorífico da empresa dobrou as exportações, de 70 mil para 150 mil toneladas de carne.
“Os custos de produção da avicultura subiram muito, por isso, o mercado interno sozinho não era suficiente para cobrir esses custos, então vieram as exportações, dobramos, e conseguimos equilibrar e ter um bom resultado”, explica Valter Pittol, presidente da Copacol.
Hoje o Paraná exporta mais de 40% da carne de frango. Os principais mercados são Arábia Saudita, Japão, Emirados Árabes, Hong Kong e China.
Em 2016, a exportação deve se manter como o principal mercado do frango paranaense, mas o que os produtores esperam é um ano mais difícil, mais competitivo. Com a crise ainda instalada no país, o desafio vai ser equilibrar os preços da produção e não perder espaço no mercado mundial.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Proteína Animal, a produção de carne de frango no país este ano deve crescer cerca de 3,5%.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Proteína Animal, a produção de carne de frango no país este ano deve crescer cerca de 3,5%.
http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2015/12/criadores-de-frangos-do-parana-festejam-os-bons-resultados-do-ano.html?utm_source=facebook&utm_medium=share-bar-desktop&utm_campaign=share-bar
Queria ter coragem de fazer isso aqui no Brasil... acredito que encontraria a mesma facilidade que a encontrada pelo John Oliver... Qual será o contra-argumento deles na questão do "dai a Cesar o que é de Cesar"?
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