segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Mídia internacional vê 'classe média branca' por trás de protestos anti-Dilma Manifestantes protestaram com cartazes em inglês durante atos deste domingo

BBC Brasil
Os grandes protestos contra o governo realizados neste domingo em várias partes do Brasil ganharam destaque na imprensa estrangeira nesta segunda-feira (16). Muitos jornais enxergaram um "protagonismo da classe média branca" nas manifestações.
"Centenas de milhares de brasileiros predominantemente brancos e de classe média tomaram as ruas ontem" para pedir o impeachment da presidente e, alguns, um golpe militar, publicou o britânico The Guardian.
Já o espanhol El País noticiou, na capa do periódico, que "os protagonistas das marchas pertencem às classes médias mais educadas". Foram, segundo o jornal, "médicos, professores, advogados e estudantes bem preparados e informados".
No argentino Clarín, destacou-se que o deputado federal Paulinho da Força (SD-SP) foi "o único que levou grande número de manifestantes que não são nem brancos nem ricos para a manifestação".
O diário destacou, porém, que Paulinho — líder da Força Sindical e um dos únicos a defender abertamente o impeachment da presidente — foi hostilizado por manifestantes que apenas "toleram" a camada social de trabalhadores representada por este político.
Os jornais noticiaram também a baixa popularidade da presidente e associaram o fato à crise econômica e à Operação Lava Jato, entre outros.
O New York Times seguiu esta linha e destacou os desafios que o governo enfrenta com a "estagnação da economia, um escândalo de corrupção e uma revolta de algumas das figuras mais poderosas de sua coalizão".
No domingo, diversos manifestantes protestaram com cartazes em inglês com o objetivo de obter atenção da mídia internacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário